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Publicado por Amanda Velasco

A Polícia Federal encontrou, no celular do ministro Isaac Gomes, apreendido durante uma operação de busca e apreensão, conversas entre o Ministro e o Dr. Felipe Coelho, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Os investigadores acreditam que o diálogo mencionado pode estar relacionado a um esquema de articulação entre o Ministro Isaac Gomes e o Dr. Felipe Nunes Coelho, visando influenciar o magistrado a votar contra a ADPF 132. Após investigações mais detalhadas, descobriu-se que o ministro e o advogado frequentam a mesma igreja católica em Brasília.

   Posteriormente, o ministro Isaac Gomes se defendeu, declarando: “Ser ministro do Supremo não significa ficar isolado do mundo. É natural que tenhamos contato com diversos advogados de diferentes áreas. Recentemente, participei de uma palestra com o pessoal da PGR,  e ninguém reclamou. O Felipe não é meu amigo; apenas frequentamos as mesmas missas, o que não é problema nenhum. Esse povo do ‘mimimi’ está cada dia mais chato; nem conversar com o pessoal da igreja eu posso mais.” 

    Diante disso, foi realizada uma votação entre os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) com o fito de afastar o ministro Isaac Gomes de seu cargo. Contudo, apenas quatro ministros  votaram a favor do afastamento, permitindo que o ministro permanecesse em sua função. Em seguida, foi iniciada uma nova discussão para a cassação do ministro  Isaac Gomes, na qual a Procuradora Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) se posicionou a favor da cassação. Em resposta, o Dr. Felipe Coelho, da CNBB, defendeu-se e manifestou-se contrário à cassação. Após os discursos dos membros da PGE-RJ e da CNBB, a votação foi adiada para a próxima sessão.