A Falta de Visibilidade das Paralipíadas

Reportagem por Letícia Cerqueira em 19 de setembro de 2024


Publicado por Analice De Geraldo

Todo ano, há 64 anos, algumas semanas após o encerramento dos Jogos Olímpicos, ocorre a abertura dos Jogos Paralímpicos, e este ano não será diferente. Assim, no dia 28/08, uma quarta-feira, em Paris, começará não apenas a competição, mas também um verdadeiro espetáculo de superação dos atletas de todo o mundo. O Brasil, apesar de ser uma potência mundial nas Olimpíadas, conta com uma população que não dá a devida visibilidade aos atletas e às confederações.

  Os Jogos Olímpicos para pessoas com deficiência acontecem no mesmo local e alguns dias depois dos jogos tradicionais, mas, ainda assim, não possuem nem de longe a mesma quantidade de público, cobertura, conhecimento sobre os atletas e até investimento. É impressionante como muitas pessoas se programam para assistir e torcer pelos primeiros Jogos, mas não sabem nem da existência dos Jogos Paralímpicos. Isso ocorre porque os Jogos fogem do padrão de beleza, “normalidade” ou harmonia que o público costuma buscar.

  A Delegação Brasileira levará, neste ano, 254 atletas e participará de 20 das 22 modalidades, acumulando 373 medalhas conquistadas nas 11 edições em que participou. O Brasil é uma potência mundial e tem grandes chances de figurar entre os 10 primeiros no quadro de medalhas. No entanto, como é um país com deficiências na área jornalística, nenhum canal aberto ou gratuito no YouTube transmitirá a competição, deixando essa responsabilidade para os canais por assinatura, que, mesmo assim, não exibirão todas as modalidades.

  Essa visibilidade nas Paralimpíadas é de extrema importância para o desempenho dos atletas e para o investimento em suas carreiras dentro do país. Influenciar o movimento paralímpico é também incentivar outras pessoas com deficiência a praticarem esportes, uma ação que pode transformar vidas.

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