Amor Como Ação Revolucionária

Amor Como Ação Revolucionária

Resenha por Lorena Durans em 28 de outubro de 2024

Publicado por Maria Laura

Trecho grifado em livro "Não é tolo dizer que o amor é sagrado."

Trecho grifado em livro “Não é tolo dizer que o amor é sagrado.”

“O que mais existe no mundo são pessoas que nunca vão se conhecer. Nasceram em um lugar distante, e o acaso não fará com que se cruzem. Um desperdício. Muitos desses encontros destinados a não acontecer poderiam ter sido arrebatadores. Por afinidade, por atração que não se explica, por força das circunstâncias, por químicas ocultas, quem pode saber? Quanto amor se perde nessa falta de sincronia. Não é preciso ir longe, alguém pode passar pela esquerda enquanto olhamos distraídos para a direita. Por um triz o paralelo nos obriga ao desencontro eterno. É preciso uma coincidência qualquer para que o amor se instale. Existe um certo milagre nos encontros. Não é tolo dizer que o amor é sagrado”.

Carla Madeira, em sua escrita intensa, destrincha os caminhos da relação a dois. De acordo com o dicionário Aurélio, da língua portuguesa, o amor por definição quer dizer “forte afeição por outra pessoa, nascida de laços de consanguinidade ou de relações sociais”. Bell Hooks, escritora e ativista, em “Tudo sobre o amor: novas perspectivas”, mostra a possibilidade do amor como ato revolucionário dentro de uma sociedade onde o mesmo é visto apenas como sinônimo de irracionalidade e fraqueza. Bell, também com uma escrita intensa, propõe que o amor é uma ação capaz de transformar o niilismo e a obsessão pelo poder, é através da ética amorosa que se constroem pilares sociais bem estabelecidos para o bem-estar social.

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