Artigo de opinião por Maria Clara Ortiz Rodrigues em 07 de abril de 2022
Publicado por Maria Rita Mamede
O vencedor do Grammy, escritor de “Watermelon Sugar”, embaixador da Gucci, ex-membro do grupo “One Direction” e ator da Marvel, Harry Styles, definitivamente causou um grande impacto na mídia atual
Começando sua carreira ao ser colocado em uma boyband pelo gênio do mal da indústria da música, Simon Cowell, em seu programa “The X Factor”, Harry e seus colegas venceram até os Beatles no quesito rapidez ao fazer sucesso. Não somente por sua aparência (mas também por causa dela), eles rapidamente se tornaram uma das maiores bandas do mundo.
Ao contrário do que muitos acreditam, esse sucesso não aconteceu ao acaso ou por sorte; ele aconteceu por causa da grande equipe do Syco Management – uma empresa de gestão também desenvolvida por Simon Cowell–, que fabricou uma imagem extremamente bem pensada para cada um dos membros, seguindo uma fórmula previamente utilizada, por exemplo, nos Backstreet Boys. A banda deveria apresentar arquétipos: o favorito das mulheres, o líder, o misterioso, o engraçado e o pai do grupo; e, para a sorte (ou azar) de Harry, ele ficou encarregado do primeiro papel.
Ser gerido pela Syco Management – apesar de garantir uma vida confortável para o grupo, para os filhos deles, para os filhos dos filhos deles e para dez gerações depois disso – era viver uma imagem pré-determinada, com pouca liberdade de expressão. Isso era exaustivo para todos os membros, como eles mesmos já afirmaram.
Por que estou contando essa história? Porque tal imagem é o motivo de Harry Styles ser famoso, em primeiro lugar. Diferentemente de David Bowie, Prince e outros artistas, Styles só começou a demonstrar sua verdadeira personalidade publicamente após o fim da banda, em 2016. Este é o motivo que faz várias pessoas não gostarem dele; pois sair do armário e pintar suas unhas depois de já ter conquistado sucesso com uma outra imagem, ainda sendo um homem branco, rico e famoso, é diferente de ser, por exemplo, um homem negro e gay tentando também causar impacto na indústria, como Billy Porter.
Sendo uma ex-directioner, preciso admitir que esse pensamento é válido e verdadeiro. Apesar de ter feito várias coisas importantes em relação à masculinidade tóxica e à moda sem gênero, como ter sido o primeiro homem a aparecer sozinho na capa da Vogue (ainda por cima usando um vestido), Styles simplesmente fez, em maior escala, o que outras pessoas já fizeram por essa comunidade. Alguns exemplos dessas pessoas são: Billy Porter, Prince, Freddie Mercury, Elton John, David Bowie, Ney Matogrosso, Dianne Keating, Jared Leto, Katharine Hepburn, entre muitos outros.
Por vivermos em uma sociedade em constante evolução, precisamos continuamente atualizar nossos valores, fontes de informação e pontos de vista, uma vez que, especialmente hoje em dia, a intensa e diária utilização das redes sociais está mudando o mundo, e nós não devemos ficar para trás.
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