Publicado por Maria de Los Angeles Delgado Orduz
O mau comportamento e a agressividade crescente de alunos no ambiente escolar tem se tornado cada vez mais evidente nas pautas de discussões atualmente. Ser uma pessoa agressiva, na maioria das vezes, é um reflexo de acontecimentos que o indivíduo passou ou está passando. Sendo assim, a violência nas escolas é um reflexo da violência na sociedade e da evasão escolar de gerações anteriores.
A violência na sociedade tem várias faces. A início, ela começa pela discriminação e periferização das classes mais pobres; depois, ela assedia os jovens da periferia para a prática de coisas erradas e, assim, forma-se um ciclo que só aumenta a violência de um meio. Segundo Confúcio, pensador e filósofo chinês, não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros. Uma sociedade que não rompe esse ciclo de discriminação é a mesma que sofre no futuro com assaltos, homicídios, violências contra as mulheres, desemprego e crianças agressivas na escola, por conta da violência em que estão inseridas.
Além de termos os problemas com a violência da sociedade, temos também a evasão escolar, que muitas vezes contribui para a agressividade dos alunos nas escolas. Uma criança que passa por uma interrupção no seu processo de aprendizagem tem a tendência de ficar mais arisca e agressiva na escola, pois ela já não se sente mais parte do ambiente escolar. Segundo Nelson Mandela, a educação é a arma mais poderosa que se pode usar para mudar o mundo.
Isto posto, quando a sociedade se vira para a educação, além de valorizar os indivíduos que a compõem, ela também começa a romper o ciclo de discriminação e periferização por meio do conhecimento e da melhora nas condições de vida, de modo que o indivíduo que completa todos os anos de estudos tem mais oportunidades e valorização dos seus serviços.
Dessa forma, como a violência nas escolas é um reflexo da violência na sociedade e da evasão escolar de gerações anteriores, faz-se necessário que o Ministério da Educação execute um projeto de combate a evasão escolar, no qual os alunos que saíram da escola tenham uma assistência psicológica e educacional para retornarem, sendo cada caso estudado e cada problema solucionado por meio de um sistema integrado aos dados das escolas, além da conscientização dos pais e das instituições que fazem parte do cotidiano dos jovens.