Artigo de Opinião por João Alberto Pincovscy Junior em 16 de Agosto de 2022
Publicado por Vinícius Saad da Ponte
Nos últimos 100 anos, a humanidade viu grandes avanços tecnológicos e, dentre eles, temos a internet como o principal. Com isso, muitos aplicativos ganharam fama e tornaram-se referência mundial para a comunicação. Atualmente, a grande massa populacional é extremamente influenciada por redes sociais, que modificam opiniões políticas, costumes, tradições e ações cotidianas em função dos detentores de poder nas mídias.
Um grande exemplo disso é a gigantesca polêmica envolvendo Mark Zuckerberg, atual dono do Instagram, Facebook e WhatsApp. Em 2016 e 2020, ele foi envolvido em acusações relacionadas à manipulação de tais redes sociais e ao uso inadequado de dados de usuários para favorecer o candidato à presidência, Donald Trump. Isso gerou uma grande discussão sobre o poder da informação nas redes sociais e a maneira na qual as eleições foram influenciadas pelo empresário.
A eleição americana de 2020 tinha como o grande palco as redes sociais e, segundo a pesquisa feita pela Socialbakers, 72% dos americanos que podem votar utilizam alguma rede social. Isso apresenta um importante fator para eleições, principalmente quanto à identificação dos possíveis eleitores e nas formas de atingi-los. O candidato Donald Trump usou, diversas vezes, o aplicativo Twitter para expor suas ideias e captar mais votos e, com isso, seu adversário também começou a usar a plataforma como meio de campanha política. Esse evento demonstra a atual centralização de campanhas, que se revelam nas redes sociais.
No Brasil, tem-se como exemplo a eleição do atual presidente da república, que não teve sua campanha nas ruas devido a facada que ocorreu no dia 6 de setembro de 2018. A alternativa de Bolsonaro foi aumentar ainda mais o uso das redes sociais para fortalecer sua campanha, já que acabava de perder o principal meio de campanha que seus adversários usavam: o contato com multidões. Desse modo, ele venceu o primeiro e segundo turno com o uso de seu Instagram.
Nos dois exemplos citados, as mídias sociais moldaram o pensamento de grande parte da população, artifício esse que muda o cenário político-social, atingindo diferentes classes sociais em diferentes pontos do Brasil, tendo em vista que 152 milhões de brasileiros utilizam a Internet. O fácil acesso às redes possibilita um maior alcance da televisão, que antigamente era o principal meio de comunicação entre os extremos do Brasil, apesar de depender de diversos fatores que tornam a integração virtual heterogênea.
Com um estilo de vídeo direto, Jair Messias rapidamente ganhou uma base de 3,2 milhões de novos seguidores no mês do segundo turno das eleições de 2018, refletindo a constante mudança de foco do público eleitoral, que via as propagandas eleitorais na TV, adotando-a como meio de conhecer tais candidatos. Cada vez mais, os candidatos se rendem ao uso das redes, que são plataformas fundamentais para a propagação de notícias verdadeiras e falsas.
As eleições brasileiras também foram tomadas pela desinformação e pelo uso excessivo de notícias falsas, por parte dos dois lados que antagonizavam a briga política. Políticos usavam as redes sociais para espalhar mais rápido e de melhor forma diversas notícias que tentavam, a todo custo, desestabilizar a campanha de seu adversário. Isso perdurou durante toda a eleição num estilo de bate e rebate, com o objetivo de desmentir e, ao mesmo tempo, acusar. Com isso, milhões de pessoas se encontraram à deriva, em um mar de informações, sendo muito difícil diferenciar as verídicas das mentirosas.
Tudo isso, culminando no mau uso das redes sociais, gerou a necessidade de um serviço de checagem de dados por diversos jornais, como o G1, com o Fato ou Fake, reforçando a situação calamitosa na qual os usuários passavam. A replicação de informações era tão grande que, a todo momento, o povo era influenciado e, com suas constantes mudanças de lado, as pesquisas de intenção de voto eram modificadas drasticamente em poucas semanas.
Portanto, as eleições foram moldadas pelo uso das mídias sociais, ou seja, o cenário político atualmente se vê intimamente interligado às redes sociais, o que torna a abordagem dos candidatos mais rápida e eficaz. Isso faz com que o bombardeamento de informações se intensifique e, consequentemente, é possível identificar um eleitor mais manipulável. Dessa maneira, é extremamente importante se atentar às formas com que se é manipulado, mudando a perspectiva da qual uma informação na internet parte e tomar mais cuidado para não ser facilmente capturado por informações atrativas, que políticos têm usado para captar mais eleitores.
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