Ngozi Okonjo-Iweala: A primeira mulher e africana a se tornar diretora-geral da OMC
Atualidades por Leticia Mafra Cerqueira em 07/04/2021
A nigeriana Ngozi Okonjo-Iweala, ex- ministra da Nigéria, fez história ao ser nomeada para chefiar a Organização Mundial do Comércio. Ela tem como prioridade o combate ao Coronavírus e promete uma maior inclusão das mulheres no mercado internacional. Após longos meses de seleção, na segunda-feira (15/02), Ngozi Okonjo-Iweala, economista de sucesso, foi nomeada diretora-geral da Organização Mundial do Comércio. Principal apoiador da candidata sul-coreana Yoo Myung-hee, o ex-presidente americano Donald Trump tentou impedir a efetivação da economista Ngozi Okonjo-Iweala. Todavia, Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos Da América, ao assumir o comando da Casa Branca, mostrou-se a favor da nigeriana, desbloqueando a nomeação. A concorrente sul-coreana acabou se retirando da disputa ao final. Ngozi assumiu o cargo dia 1º de março, o qual vai perdurar até 31 de agosto de 2025. A decisão foi tomada, de forma unânime, durante uma reunião entre os membros da OMC.
A nomeação de Ngozi Okonjo-Iweala, como diretora-geral da mais importante organização de comércio mundial, repercutiu no mundo todo. Foi um marco na trajetória da organização que, pela primeira vez na história, estará sob o comando de uma mulher e pessoa oriunda da África. Esta conquista vem para quebrar paradigmas pré-estabelecidos e trazer empoderamento para novos grupos, valorizando a diversidade.
Como mulher e mãe de quatro filhos, Ngozi inseriu o gênero feminino em sua agenda. Uma de suas propostas durante a candidatura foi promover auxílio para possibilitar uma maior inclusão feminina no comércio. Sobre sua pauta, ela disse: “Deve também atender ao desafio de facilitar a maior participação das mulheres no comércio internacional, especialmente nos países em desenvolvimento, onde maiores esforços devem ser feitos para incluir empresas de propriedade de mulheres no setor formal”.
A economista tem 66 anos e obteve muita experiência ao longo do tempo. Anteriormente, trabalhou no Banco Mundial, por 25 anos, e também foi ministra da Nigéria, tanto na pasta de Finanças quanto na de Negócios Estrangeiros. Nessa época, combateu muitas crises e corrupção, promovendo diversas reformas econômicas que, para muitos especialistas, impediram um colapso econômico nigeriano em 2008. Ela é considerada especialista em gerenciar países em desenvolvimento.
Ngozi Okonjo-Iweala chegou em Genebra, sede da Organização Mundial do Comércio, para assumir o cargo de diretora-geral, depois da renúncia do brasileiro Roberto Azevêdo, e já começou a trabalhar. Sua primeira medida foi convocar reuniões para discutir a abordagem que deveria ser tomada para combater aCovid-19. Afirmou que a saúde e o acesso às vacinas serão suas prioridades, dizendo: ” o fato é que cada dia a mais em que a escassez das vacinas continuar, as pessoas pagarão com suas vidas”.
O acompanhamento das medidas que serão adotadas e implementadas por Ngozi pode ser feito através de suas redes sociais. A economista sempre transmite atualizações sobre a agenda e o planejamento no combate do Vírus em sua conta no Twitter.