O Tempo como quarta dimensão.

O Tempo como quarta dimensão.

Divulgação científica por Gabriel de Castro Paz Hausen em 07 de maio de 2022


Publicado por Maria Luiza Balbo

Foto de Gargantua, buraco negro de Interstelar.
Gargantua, buraco negro de Interstelar. (Reprodução da imagem: Cultura Genial)

É de conhecimento geral que o tempo se apresenta como essencial elemento para o funcionamento do universo como o conhecemos. Sua noção foi, é, e será imprescindível para a evolução do ser humano e suas diversas áreas de estudo acadêmico. Como seria possível, por exemplo, catalogar os mais importantes fenômenos históricos sem deter uma mínima consciência cronológica? Como seria a dinâmica laboral da sociedade, caso não houvesse nenhum tipo de separação ou intervalo entre turnos de trabalho? Como se daria o avanço da saúde se não fosse possível determinar um período para a utilização de certo medicamento? O “controle” e exploração do tempo nos auxilia diariamente nas mais variadas situações em que nos encontramos.

Não obstante “conhecermos” o tempo, ao adotarmos uma ótica científica acerca de tal grandeza, observamos que a maioria dos indivíduos possuem uma percepção rasa sobre seu real papel na física universal. O tempo, na realidade, é a quarta dimensão do nosso universo. Assim como largura, altura e profundidade, o tempo também é considerado uma dimensão. Os três primeiros conceitos constituem o que chamamos de “espaço”, o componente da existência material. Já o espectro temporal representa a sequência das transformações da matéria. Não é possível haver um deslocamento no espaço sem que também haja uma transformação no corpo que está viajando, desse modo, as determinações de “espaço” e “tempo” são indissociáveis. Talvez isso fique mais claro com uma fala expressa pelo astrofísico Neil deGrasse Tyson: “Quando você combina de se encontrar com alguém, precisa dar as coordenadas espaciais em três dimensões (local/espaço) e o horário do encontro (tempo)”.

Conforme o avanço do estudo da física, criou-se um termo para designar a tese supracitada: “espaço-tempo”. Diversos nomes renomados como Albert Einstein, Stephen Hawking e Kip Thorne a utilizaram como base para suas teorias e descobertas. A Teoria da Relatividade Geral (Albert Einstein – 1915), pilar da física contemporânea, não teria sequer sido pensada se tal conceito não existisse, o que exemplifica sua importância para a comunidade científica. Além de incontestável influência na física, o espaço-tempo também foi objeto de  diversas obras cinematográficas, como por exemplo Interestelar, que contou com a própria contribuição de Kip Thorne em sua produção e sustentação técnica, despertando interesse em grande número de espectadores.

Em breve:
Resenha do Filme: Interestelar, de Christopher Nolan.

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