Publicado por Ana Letícia
Historicamente negligenciadas pelo mercado de jogos, as mulheres cada vez mais mostram que não podem ser ignoradas. Quando o público feminino tem gostos fora do padrão imposto como “universo feminino”, a hostilidade chega de todos os lados, porém, mesmo com todo o machismo presente nos E-sports (Esportes Eletrônicos), a presença feminina em transmissão de games online no país tem aumentado significativamente.
![A imagem mostra um par de mão femininas jogando vídeo game em um controle com o símbolo feminino ao centro, e vários símbolos masculinos atacando a jogadora](https://www.folhaunica.com.br/wp-content/uploads/2022/06/mulheres-no-universo-dos-games.jpg)
Uma análise feita pela Pesquisa Game Brasil, divulgada em 2019, confirmou que grande parte das mulheres optam por jogos de computadores e videogames, mas dominam mais a aplicação de jogos por smartphones, além de 53% do público gamer ser constituído de mulheres.
Outra pesquisa realizada em 2020 mostra que 61,9% dos jogadores casuais, os quais se dedicam uma média de 3 horas por dia a jogar, sempre disputando partidas casuais, sozinho ou com os amigos, são mulheres, ainda encontrando dificuldades de se relacionarem em uma partida online com os demais participantes devido o seu gênero. Onde são vítimas de assédio e agressões verbais durante as partidas, meninas que usam nomes femininos tomam o caminho para mudá-los, pois após ouvir/ler ofensas nos chats, não aguentam e começam a usar nomes masculinos para desviar dessas situações.
Como as mulheres não foram encorajadas a jogar quando crianças, na maioria dos casos, não ganhavam videogames, visto que essa era uma atividade considerada masculina. Entretanto, a grande prova de que elas gostam tanto de jogos quanto os homens é que entre os jogadores de mobile, já são maioria. Está muito claro que o problema era a falta de acesso, tanto uma mulher quanto um homem, com um celular, podem escolher o que fazer com ele.
![a imagem mostra um mulher frente a vários monitores jogando vídeo game](https://www.folhaunica.com.br/wp-content/uploads/2022/06/Mulheres-no-Universo-dos-games1-1024x576.jpg)
As representações femininas nos jogos são um tópico muito discutido, o mercado começou com um público majoritariamente masculino e o que gostavam de ver eram mulheres sexualizadas, quase sempre representadas com seios enormes e cinturas finas, fazendo algumas meninas se sentirem menos à vontade. Hoje essa cena mudou um pouco, as mulheres estão mais naturais.
Na Ásia, conhecida como capital global dos vídeogames, o número de mulheres jogando cresce em um ritmo veloz, passando seus rivais do sexo masculino, elas estão se organizando para conquistar espaço e atrair mais mulheres para o vasto universo dos games online. Em outros lugares também, para apoiar a comunidade feminina, muitos streamers estão financiando campeonatos só de meninas, um exemplo que pode-se observar é o streamer Brasileiro, Rakin, que criou e financiou a “Copa Rakin Feminina” de Valorant. Bem como temos projetos criados por mulheres para ajudar o público feminino a terem seu espaço no mundo dos jogos (#gamesempreconceito).