Notícia por Luís Fernando de Figueiredo Leite Ribeiro em 10 de junho de 2022
Publicado por Maria Luiza Balbo
Na quarta-feira (25/05), no município de Umbaúba (SE), Genivaldo de Jesus Santos, de 38 anos, foi colocado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda, em decorrência dos gases lacrimogêneos e dos sprays de pimenta que foram utilizados como forma de imobilização, segundo nota da “PRF”.
Segundo relatos do sobrinho de Genivaldo, a vítima estava andando de motocicleta quando foi abordada por três policiais que, em depoimento, alegaram que ele andava sem capacete. Tais autoridades olharam sua documentação, revistaram-no e o insultaram durante a abordagem. Logo depois, Genivaldo foi imobilizado, teve suas mãos e pés amarrados e foi conduzido ao porta-malas do carro da PRF. Em seguida, os policiais fizeram uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta, fecharam a porta e prenderam a vítima em um lugar fechado, onde tentou resistir até vir a óbito a caminho do hospital Dr. José Nailson Moura.
A vítima sofria de esquizofrenia, segundo a família. Seu sobrinho, que estava presente no momento da abordagem, alertou os policiais rodoviários da condição de saúde de seu tio.
Em boletim de ocorrência, os policiais admitiram o uso de gases para “conter” Genivaldo e relataram que o mesmo teria falecido devido a um “mal súbito”. Ambos os policiais foram afastados da Polícia Rodoviária Federal e poderão ser presos após o pedido de prisão cautelar feito pelo Conselho Federal e a Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil.
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