Varíola dos Macacos: os riscos de uma nova pandemia

Varíola dos Macacos: os riscos de uma nova pandemia

Notícia por Katarina Ribeiro Dantas em 10 de agosto 2022


Publicado por Maria de Los Angeles Delgado Orduz

Virus causador da variola dos macacos, imagem vista desde um microscopio. A varíola dos Macacos foi recentemente classificada como emergência global.
Varíola dos Macacos (Reprodução da imagem por uol)

A varíola dos macacos  é uma doença infecciosa causada pelo vírus monkeypox e é transmitida por gotículas de água e saliva. Foi descoberta em macacos em 1958 e, no Congo, em 1970, ocorreu o primeiro caso de infecção humana. 

Essa doença era considerada endêmica do continente africano e havia sido detectada anteriormente em 11 países da região. Porém, ela começou a se espalhar pelo mundo recentemente, causando alarme nas autoridades já ocupadas com o controle da COVID-19.

Clarissa Damaso, virologista da Universidade do Rio de Janeiro que acompanhou o desenvolvimento e agora o surto mundial do vírus, aponta que a baixa na imunidade devido ao coronavírus, a volta da aglomeração e o contato com animais infectados foram fatores que podem ter causado a volta do vírus. 

Apesar da preocupação,  as chances de outra pandemia são baixas. Os sintomas, por serem facilmente identificados, ajudam no controle dos pacientes infectados, e a transmissão, que ocorre somente por contato entre fluídos corporais, restringe a taxa de contaminação do vírus.

Ainda assim, no dia 23/07, a varíola dos macacos foi classificada como emergência mundial pela Organização Mundial de Saúde (OMS), com mais de 16 mil casos da doença em 75 países. Isso se deve à mudança de alguns sintomas causados por ela, uma mutação que preocupa pesquisadores.

“O que temos visto no surto atual são quadros atípicos, muito distintos daquele padrão clássico que conhecíamos” disse Damaso, especialista no gênero orthopoxvirus, o da varíola dos macacos. 

Atualmente, cabe às autoridades locais monitorarem e espalharem conscientização sobre o novo surto. A OMS, porém, recomenda a vacinação àqueles que possam ter contato com pessoas ou animais infectados.

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