Notícia / Por Bárbara Valente em 26 de novembro de 2022
Após Jair Bolsonaro não conseguir sua reeleição como presidente do Brasil no dia 30 de outubro, alguns grupos de seus seguidores organizaram interdições nas rodovias em todo o país como forma de protesto ao resultado obtido. A paralisação, incluindo caminhoneiros, em grande parte, bloqueou estradas por completo em algumas regiões do Brasil, impedindo a passagem de qualquer tipo de transporte terrestre, mas houve, também, interdições em parte das estradas, possibilitando passagens de transportes de pequeno porte.
Tudo começou após a apuração dos votos destinados ao cargo de presidente da república no último domingo (30), em que Luiz Inácio Lula da Silva, filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), foi eleito o presidente do Brasil novamente, derrotando, portanto, Jair Messias Bolsonaro, filiado ao Partido Liberal (PL), que buscava a sua reeleição. Apesar de Bolsonaro dizer publicamente antes das eleições que aceitaria o resultado desde que fosse legítimo, seus seguidores mais radicais não pensaram da mesma forma e decidiram fechar rodovias importantes na maioria dos estados brasileiros.
A paralisação começou por volta do dia seguinte às eleições e já contou com algumas respostas por parte do Estado. O Ministério Público Eleitoral, MPE, pressionou o Supremo Tribunal Federal, STF, e a Polícia Rodoviária Federal, PRF, para que as interdições fossem controladas e o funcionamento das rodovias voltassem à normalização. Em resposta, o STF autorizou as polícias militares de cada estado a combater o congestionamento e desbloquear as rodovias. Enquanto isso, a PRF afirma que está agindo e já desobstruiu alguns pontos da paralisação. Sobre o posicionamento do Presidente após dois dias da eleição, Bolsonaro afirmou: “As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas.”.
Como consequência a tal acontecimento, uma carga com 520 mil ovos para a produção de vacinas no Instituto Butantan a fim de combater a Influenza ficou parada por pelo menos 6 horas, caso essa carga não chegue ao Instituto, haverá a perda de 1,5 milhão de vacinas. Ainda houve viagens canceladas por conta de ônibus não conseguirem atravessar os bloqueios, algumas faculdades tomaram a posição de não terem aulas, no entanto, algumas optaram pelo ensino remoto. Ainda como consequência, pode haver falta de combustíveis em postos de gasolina e a coleta de lixo em algumas cidades poderão ficar estagnadas. Apesar de não ter proporções tão grandiosas quanto à greve de caminhoneiros em 2018, a paralisação ainda continua a não tem previsão de seu fim.
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