Notícia

O clima hostil pós-eleitoral

O clima hostil pós-eleitoral

Notícia por Júlia Marques Passos em 5 de Novembro de 2022


Publicado por Rafael Leivas

Petistas e bolsonaristas discutindo em manifestação com bandeiras e ornamentados com as cores de seus partidos, fonte: Metrópoles

No último domingo, 30/10, o Brasil elegeu Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil pela terceira vez. No entanto, muitos apoiadores de Bolsonaro não aceitaram a vitória e foram para as ruas manifestar, alegando fraude nas urnas e requerendo uma intervenção militar.

Logo na segunda-feira, 31/10, caminhoneiros bloquearam rodovias em ao menos 23 estados e no Distrito Federal, protestando contra a vitória de Lula. Cerca de 338 pontos foram bloqueados ao redor de todo Brasil.


O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, ordenou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e polícias estaduais adotassem, imediatamente, “todas as medidas necessárias e suficientes” para liberar as vias e garantir o direito de ir e vir de pessoas e mercadorias. Todavia, as manifestações continuaram na terça-feira, 01/11.

No mesmo dia, após mais de 45 horas de silêncio, o atual presidente fez seu primeiro pronunciamento pós-eleições. Ele agradeceu os 58 milhões de votos e disse que cumprirá “todos os mandatos da nossa constituição”. Sobre os bloqueios, declarou que os atos são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral, e acrescentou ainda que “as manifestações pacíficas sempre serão bem vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população”.

Mesmo após as medidas tomadas, os bloqueios entraram em seu terceiro dia nesta quarta, 02/11, mas com menos força. Segundo a PRF, 563 manifestações foram desfeitas, contudo, permanecem cerca de 160 bloqueios em rodovias de 17 estados do país.

Em contraponto, a vitória de Lula trouxe, de imediato, reflexos positivos. Após o anúncio de sua vitória, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Espen Barth Eide, afirmou que o país retomará as doações para o Fundo Amazônia. Além disso, chefes de Estado de todo país parabenizaram-no, incluindo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que anunciou querer aumentar a cooperação com o Brasil em todas as áreas. O mercado também reagiu: o dólar caiu e o real tornou-se a moeda que mais se valoriza no mundo.

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Júlia Marques Passos

Apaixonada pela mundo da escrita e da literatura.

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