Guerra dos 6 dias: Nazismo é assunto recorrente na terceira sessão

Notícia por Bárbara Cunha em 16 de Março de 2024


Publicado por Maria Clara Müller

Comitê: Guerra dos 6 dias

Com o início da terceira sessão, já era perceptível um cenário de tensão. Após a crise, os delegados mostraram-se insatisfeitos com uma extensa e infrutífera discussão, a qual não resultou em soluções. Assuntos como a questão do nazismo, dos massacres no Egito, na Síria e na Jordânia e da necessidade de um fim para a guerra foram abordados e reforçados diversas vezes.

A delegação de Israel acusou a delegação da Jordânia de um discurso racista e de conotação nazista. Foi apoiada pelos Estados Unidos da América, que, dando total apoio à causa israelense, concordaram com a acusação e argumentaram que a ação de Israel é puramente defensiva, e, portanto, justificável. 

Em seguida, a delegação da Tchecoslováquia, numa tentativa de devolver o rumo da discussão a seu foco principal – a resolução dos conflitos – e parar de dar ênfase à questão nazista, mencionou relações passadas entre a República Árabe do Egito e Adolf Hitler. Ao discursar, contudo, sua representante constatou que “está tudo bem ser nazista” – afirmação que recebeu repercussão extremamente negativa e crítica, levando a delegada a retificar sua fala, afirmando que não havia sido isso que ela quisera dizer. 

Em contribuição posterior, a Jordânia afirmou que “O reconhecimento de Israel sem uma resolução para o conflito só serve para manter a guerra em andamento”, e que “o conflito só é bom para os Estados Unidos e para Israel, que saem ganhando”. Houve, então, diversas discussões, nas quais várias delegações foram acusadas de apoio ao nazifascismo. O debate foi interrompido com uma proposta da delegação da Arábia Saudita, a qual se dispôs a abrigar os refugiados da guerra numa tentativa de sanar suas consequências. 

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