Terceira sessão da reunião do Supremo Tribunal Federal acerca do Foro Privilegiado tem início na manhã de sábado (24)

Notícia por Sofia Mansur em 24 de agosto de 2024


Publicado por Julia Kaiser

A terceira sessão da reunião do Supremo Tribunal Federal pautando a Constitucionalidade do Foro Privilegiado teve início na manhã deste sábado (24), com um discurso da Procuradoria Geral da República. Com isso, a primeira pauta a ser apresentada pelos procuradores foi delicada – João Alberto Pincovscy e Beatriz Nogueira discursaram defendendo a necessidade de interpretação minuciosa da lei em casos diversos, uma vez que, nas palavras dos procuradores, é preciso “tratar os diferentes como diferentes”. Ademais, Pincovscy afirmou que, ao passo que adequações devem ser feitas no tratamento de réus em situações e casos diversos, não devem ocorrer privilégios – o que, ao seu ver, vem acontecendo nas aplicações do Foro. 

A fala da Procuradoria Geral da República foi seguida por manifestação da Advocacia Geral da União. Diante disso, a advogada Maria Paula Souza deu início a seu discurso dizendo ser o Foro Privilegiado uma medida de grande importância não somente para a conservação dos Três Poderes, mas também para a proteção de políticos. Assim, após sua breve participação, as advogadas discursantes retornaram a seus lugares sem mais posicionamentos.

A bancada a se pronunciar em seguida foi a defesa de Marcos da Rocha Mendes. Desse modo, o caso de Mendes está¡, também, em pauta na reunião – é discutida sua cassação devido a acusações de abuso de poder político e econômico. Com isso, o advogado Caio Calmon discursou de maneira incisiva, defendendo a legitimidade das ascenções de Mendes ao poder e posicionando-se veementemente contra a realocaçãoo de instância para o julgamento. Entusiasmado, o advogado pegou, em sua mesa, uma pá e uma pequena vassoura – “Peguem a vassoura”, exclamou. “Limpem essa bagunça”. Apesar de sua entonação enfática e da recepção informal que teve, o discurso de Calmon foi bem recebido. Ao fim, o debate teve continuidade com a persistência da discussão acerca da possível realocação de instância para o julgamento.

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