Diversas “apontadas de dedo no rosto” e dois progressos no CSNU 2

Notícia por Isadora Macário e Aimê Marques em 21 de março de 2025


Publicado por Mariana Carvalho Freire

Simulação 360 - etapa ONU

A segunda sessão começou com evidente tensão entre os países. A República Democrática Federal da Etiópia afirmou que os E.U.A. tentam impor seus ideais sobre o Vietnã do Sul. A República do Senegal, consoante à Etiópia, afrontou os Estados Unidos e realçou que as ações do país são absurdas e não prezam pelo bem dessa nação. Em sua defesa, o representante dos Estados Unidos da América ressaltaou que foi um dos únicos países a auxiliar no conflito e que os crimes dos quais está sendo acusado são improcedentes como crimes de guerra. Por outro lado, o Vietnã do Sul defendeu as ações dos Estados Unidos e destaca que eles estão defendendo seus cidadãos e usou o artigo 51° para suportar a legítima defesa e que a potência norte-americana auxiliou coletivamente na proteção do seu território.

A República de Cuba continuou seu discurso completamente contrário aos Estados Unidos e refutou as alegações de que os crimes cometidos pelo país não se configuram como crimes de guerra. Além disso, Cuba defendeu que a República Francesa seria responsável pelo início da repressão no território sul-vietnamita, que seria consequência da exploração francesa sofrida pelo país. Os E.U.A., em resposta a Cuba, disseram que a discussão iniciada por eles a respeito dos crimes de guerra era irrelevante e repreenderam a República de Cuba por não considerar a polaridade da população. 

A República Federativa do Brasil e o Canadá alegaram que a República Popular da China instigou o Vietnã do Norte a tomar as medidas adotadas por ele na guerra. O Canadá mencionou também a União Soviética e apontou sua tirania sobre a República Socialista do Vietnã. Apesar disso, os deputados do Canadá e do Vietnã do Sul mantiveram-se lado a lado durante a sessão e conversaram ininterruptamente. Por outro lado, a República Democrática e Popular da Argélia, assim como a China, defendeu o Vietnã do Norte e alegou que o país não tem condições para se defender militarmente, além de apontar que o Vietnã do Sul repreendeu fortemente o comunismo norte-vietnamita.

Ao discursar novamente, Cuba alegou que os Estados Unidos estavam sendo ignorantes e que estavam equivocados. A deputada representante dos E.U.A. dissertou logo em seguida, e provou que sua nação quer “frear” a guerra, diferentemente do Vietnã do Sul, que, ainda de acordo com a deputada, não se importa com o seu povo e argumenta de forma rasa. Além disso, ela acusou o delegado da República do Vietnã de faltar com decoro e de atacar navios estadunidenses. Em resposta, o Vietnã do Norte afirmou que os Estados Unidos da América não compreendiam o significado das suas palavras e que seu objetivo também é o fim da guerra, a reformulação do Acordo de Genebra e a saída das tropas norte-americanas do seu território. Ademais, realçou novamente que está trabalhando em resoluções juntamente à sua aliada, a União Soviética.

Ao final da sessão foi acordado entre os países que seria criado um corredor humanitário para a saída de civis do território em guerra. A sugestão veio do Canadá, que afirmou poder financiar o projeto e agradeceu às nações que concordaram com a ideia. Com a colaboração de diversos outros Estados, o corredor humanitário aparenta ser um grande avanço para alcançar uma solução diplomática. Outro passo essencial para o fim do conflito seria a adoção de uma agenda, vez que esta colocaria o debate em um eixo, possibilitaria seu progresso e minimizaria o desrespeito entre os deputados. Entretanto, é evidente a dificuldade dos representantes das nações em chegar a conclusões durante os debates.

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