Países anseiam por poder no CSNU 2 e a solução anseia a ser definida 

Notícia por  Isadora Macário em 22 de março de 2025


Publicado por Mariana Carvalho Freire

Simulação 360 - etapa ONU
Países anseiam por poder no CSNU 2 e a solução anseia a ser definida

Na quarta sessão, os primeiros delegados a falar fazem seus discursos a despeito da falha na crise e optaram por focar na proposta de resolução da guerra. Eles negligenciaram, porém, o fato de que a proposta deveria abordar ambas as questões. No entanto, diversas delegações mostraram-se otimistas quanto aos avanços durante a crise, que, de acordo com os delegados, serão imprescindíveis para o fim do conflito. O Senegal, por outro lado, posicionou-se fortemente contrário ao tempo de duração da área desmilitarizada, que já havia sido diminuído para sete anos.

A primeira suspensão (momento no qual os delegados conversam coletivamente, ao invés de discursarem umnpor vez) da reunião ocorreu quinze minutos após o início da sessão e trouxe novas propostas para o desfecho do conflito. Foi emitido um documento que prezava pela liberdade religiosa e instituía a criação de um tribunal para o julgamento de todos os indivíduos envolvidos no conflito. A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas seguiu em seu debate com os Estados Unidos, enquanto a República Francesa e o Vietnã do Norte se separaram do grupo para discutir soluções alternativas e expor possibilidade que não tivessem sido percebidas até então. A delegada francesa e a delegada taiwanesa indignaram-se por terem sido excluídas de um documento de suma importância para o conselho. A França tornou conhecida a sua insatisfação para com os outros países, que esqueceram que ela também apresenta grande relevância e poder no Conselho, e destacou a ineficácia dos Estados Unidos e da União Soviética em liderar o grupo.

A delegada estadunidense disse estar decepcionada com as ações do delegado norte-vietnamita, que estariam impossibilitando a formulação de uma solução diplomática. Em resposta, o delegado afirmou que os Estados Unidos e o Vietnã do Sul “São como crianças brincando em um parquinho”, irresponsáveis e carentes de seriedade, pois os E.U.A. vetarão qualquer solução que não os beneficie, por melhor que seja para os demais países. Além disso, ele acrescentou que os perigos da influência capitalista se fizeram perceptíveis na Alemanha, a qual estava à beira de uma guerra.

Os Estados Unidos ressaltaram a importância da retirada dos vietcongues do território do Sul, e a República Socialista do Vietnã do Norte respondeu que dialogou com eles, que estavam dispostos a se deslocar para o território Norte para se estabelecerem como cidadãos. O delegado frisou a crucialidade da retirada de tropas estrangeiras do território norte-vietnamita, mas os E.U.A. se recusaram a fazê-lo antes dos vietcongues. O Senegal continuou a destacar seu repúdio à tirania norte-americana e sugeriu a criação de um documento que preveniria o povo vietnamita da alienação por parte da potência. A reação do Vietnã do Sul e dos Estados Unidos foi extremamente negativa, no entanto.

Assim, teve início um movimento anti-potências, protagonizado pelo delegado do Senegal, ao qual diversos países aderiram para terem maior participação no comitê. A delegada estadunidense ao saber disso, porém, apressou-se para controlar a situação. Enquanto isso, o Vietnã do Sul expunha suas sugestões para a resolução do conflito, e a Alemanha se aliou aos Estados Unidos e se posicionou contrária a qualquer ação soviética. Com o fim da quarta sessão, o Conselho se direcionou para a determinação da proposta de resolução, esperançosos de que não falharão novamente.

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