Desmilitarização do Ártico em prol da proteção dos povos nativos compensa?
Notícia por Rafael Braga em 22 de Março de 2025
Publicado por Laís Guimarães

Comitê Explorações do Ártico e as Reivindicações Territoriais (AGNU)
Neste sábado (22 de março) ocorreu a terceira sessão da Simulação da ONU no Colégio Único. O comitê que trata da exploração no Ártico deu início ao debate sobre as disputas territoriais na região, relacionando tal problemática com a desmilitarização, os entraves armados e as zonas econômicas exclusivas. As discussões circularam entorno da escolha entre uma desmilitarização parcial ou absoluta e, outra vez, como deixar a exploração da área mais sustentável.
A delegação dos Emirados Árabes e da Dinamarca foram precursores da pauta, propondo desmilitarização especialmente na região exclusiva dos povos nativos, exigindo o fim da exploração em um raio de 60Km a partir dessa área, e apresentando, mais uma vez, alternativas sustentáveis que acompanhem a produção, como o Direct Air Capture que retira gases poluentes do ar atmosférico, o hidrogênio verde e navios quebra-gelo nucleares.
Em resposta, a delegação da Rússia e do Reino Unido sugerem uma desmilitarização parcial na região de apenas ⅓ dos armamentos, a fim de retirar apenas os equipamentos de maior destruição. Em discurso, a nação russa questiona: “E quem garantirá a proteção dos povos nativos da região?”. Os britânicos, em complemento, manifestam desconfiança quanto à segurança de seus atuais territórios no Ártico.
Portanto, a pauta, apesar de ainda em discussão, ruma para uma decisão final entre as nações. Entretanto, é preciso que os conflitos entre, principalmente, o Japão, os Emirados Árabes, a Dinamarca, e a Arábi a Saudita, juntamente a outros países asiáticos e orientais, contra a Rússia, os Estados Unidos da América e o Reino Unido, cheguem a uma conclusão abrangente e efetiva. Assim como dito pelos dinamarqueses, urge garantir afiscalização das agendas apresentadas.