Impasse marca reta final do comitê sobre o povo curdo
Notícia por Tiago Carneiro em 22 de março de 2025
Publicado por Amanda Velasco

Após a resolução da crise de forma eficaz, a sessão foi retomada, mas os delegados evitaram qualquer clima de celebração. As delegações do Iraque e da Rússia foram enfáticas ao reacender o debate sobre o terrorismo, abordando tanto sua relação com partidos políticos quanto o auxílio fornecido a esses grupos. Além disso, destacou-se a necessidade de uma fiscalização migratória mais rigorosa, com o objetivo de prevenir novas crises.
O ponto central do comitê voltou a ser discutido: a viabilidade da criação de um Estado soberano curdo. A delegação da República da Turquia enfatizou a inviabilidade da proposta, alegando que sua concretização comprometeria a soberania territorial dos países vizinhos. O delegado da República Islâmica do Irã reforçou essa posição, classificando a criação do Estado curdo como inviável. Como alternativa, sugeriu-se o fortalecimento do auxílio humanitário à população curda.
Outro tema que ganhou destaque foi a extração de recursos naturais na região. Os opositores à criação do Estado curdo argumentaram que conceder maior autonomia a um governo considerado provisório seria contraditório. Também foram discutidas alternativas para a realocação da população curda e a possível incorporação de suas forças militares aos exércitos de Estados reconhecidos. Caso isso ocorresse, a integração seria conduzida de acordo com as leis, costumes e tradições religiosas dos países receptores.
Na reta final do comitê, os delegados debateram os últimos detalhes do documento de resolução. No entanto, divergências e falta de alinhamento entre algumas delegações geraram impasses nos momentos decisivos. O atraso na consolidação do documento impediu sua entrega dentro do prazo, comprometendo o resultado final do comitê. Embora o trabalho dos delegados tenha sido tecnicamente competente, a não conclusão do relatório representou uma falha no cumprimento do objetivo principal do evento.