Maria Eduarda Gomes, professora de educação física, ficou desempregada no meio do ano passado por conta da pandemia. Incentivada pelo namorado, o qual já era dono de um brechó, Maria investiu em um também. “O garimpo de roupas me fascina muito, dar vida nova a essas peças que estão, de certa forma, abandonadas, resgatá-las e ver pessoas às usando me faz muito feliz”, diz a dona do brechó online “Preta Garimpos”.
Brechó é um exemplo de moda sustentável com um preço acessível. Ele promove a fabricação de roupas em baixa escala e a reciclagem de peças, com o objetivo de tornar a indústria têxtil, segunda que mais polui no mundo, menos prejudicial para o planeta.
Atualmente, a maior inimiga da moda sustentável é a prática do “fast fashion”. Esse termo representa um padrão de produção e consumo, o qual tem como objetivo principal obter o maior lucro possível.
Nesse sentido, marcas que adotam esse modelo de fabricação tendem a não valorizar a qualidade de matéria prima usada, a forma na qual o produto será produzido ou quem o produzirá. As roupas são produzidas em larga escala e são descartadas quando deixam de ser tendência. O material mais utilizado por elas é o poliéster, essa fibra sintética, quando entra em contato com a água, solta micropartículas de plástico, a lavagem desse produto então acaba poluindo, de forma ainda mais grave, as águas de lagos, rios e mares.
Marcas que utilizam a “fast fashion” fabricam produtos parecidos ou até iguais aos que foram criados por grifes de luxo e que estão fazendo sucesso, porém o preço é bem mais baixo. Consumidores acabam sendo atraídos por esse baixo custo e manipulados para acharem que sempre devem estar atualizados no mundo da moda e acabam comprando dessas marcas, sem ao menos questionar o porquê dos produtos serem tão baratos. Dessa forma, lojas como a da Maria Eduarda, que prezam pelo consumidor, produtor e meio ambiente acabam sendo deixadas de lado. Logo, seria interessante uma maior divulgação de lojas que seguem a moda sustentável, para que a “fast fashion” diminua sua abrangência mundial.
Exemplos como o negócio de Maria Eduarda são inspiradores para incentivar hábitos mais conscientes de consumo, prezando a saúde do planeta Terra.
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