Reportagem por Mariana Pereira Akiyoshi Loureiro em 01/10/2021
Publicado por Maria Rita Mamede
A discussão acerca da importância dos cosméticos cruelty-free vinha crescendo há muito tempo, mas o curta-metragem “Save Ralph” (Salve o Ralph), lançado em abril de 2021 pela Humane Society of the United States, fomentou ainda mais a discussão. A animação mostra uma entrevista com Ralph, um coelho que conta sua rotina como “cobaia” em laboratório. Na primeira cena, o animal descreve seus problemas de saúde, acometido parcialmente de cegueira e surdez decorrentes dos testes em laboratório.
O vídeo oficial contou com a participação de atores como Zac Efron e Olivia Munn, foi traduzido para diversos idiomas e tem mais de 13 milhões de visualizações no YouTube.
Há uma grande ênfase nas dores sentidas pelo coelho e o motivo delas: o consumismo dos humanos e a suposta superioridade dos mesmos. Além disso, uma fala de Ralph sobre o histórico de sua família, todos coelhos de teste, mostra como a situação é tratada de forma normal, apesar de trazer muito sofrimento para os animais.
A realidade legítima, conhecida por poucas pessoas, mostra a situação devastadora dos animais “cobaias”. A publicação de vídeos como esse possui o intuito de trazer o conhecimento sobre o que ocorre por trás dos produtos nas prateleiras e, consequentemente, aumentar a cobrança com relação às autoridades. Esse stop-motion provou a importância e a eficiência desses projetos, já que o curta alcançou grandes proporções e gerou importantes discussões em diversas redes.
Além disso, quando a conscientização ocorre, diversas pessoas passam a se engajar e buscar a verdade mais profundamente, além de começarem a influenciar aqueles que estão por perto. Dessa forma, as grandes empresas passam a ser mais cobradas, mudanças nas políticas de testes são reivindicadas e, caso as corporações não tomem medidas, perderão cada vez mais clientes.
Com a tecnologia atual, existem várias alternativas para o uso de animais, uma prova de que o uso de seres vivos está desatualizado e não é mais necessário. Algumas alternativas são os experimentos in vitro (células e tecidos são coletados e os experimentos ocorrem fora do organismo) e o uso de pele em 3D (pele humana reconstruída in vitro para testar a toxicidade), métodos cada vez mais utilizados por empresas e que mostram eficiência e segurança.
Ao final do stop-motion há um pedido de ajuda para banir os testes cosméticos em animais no mundo todo e salvar Ralph.
O Brasil já conta com a Lei Arouca, aprovada em 2018 com o objetivo de regulamentar os testes em animais, mas isso ainda não é suficiente. A busca por parte da população de cosméticos sem experimentação em seres vivos é extremamente importante e não pode parar.
Aqui estão algumas sugestões de como fazer isso:
(diversos sites fazem listas para facilitar a pesquisa e saber quais companhias realmente têm compromisso de não usar animais em testes).
LINKS:
Vídeo oficial da campanha “Save Ralph”:
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