Caso você faça uma pesquisa superficial, a pessoa mais rica da história seria John D. Rockefeller, estadunidense magnata do petróleo. Nada mal com centenas de bilhões em patrimônio líquido, no entanto, a verdadeira personalidade mais rica da história foi Mansa Musa, Imperador do Mali.
Imperador entre 1312 e 1332 (data estimada de morte), assumiu o trono durante uma próspera época econômica, usufruindo das preciosidades do oeste da África: ouro, sal e cobre. Incorruptível pelo dinheiro, seus feitos mais conhecidos foram sua peregrinação religiosa para Mecca, o Hajj, e investimentos infraestruturais em seu reino.
O Hajj foi uma expedição contando com uma caravana de aproximadamente 60 mil pessoas com 12 mil escravos muito bem vestidos carregando bem estimadas 18 toneladas de ouro. Dizia-se que, toda noite, Mansa Musa pagava para que uma mesquita fosse erguida antes de partir, e, ao passar por Cairo, gastou tanto ouro adotando ações filantrópicas (como sua chuva de ouro) que deixou o Egito em um processo inflacionário por 12 anos!
Durante sua viagem, o imperador contratava artistas, músicos, juristas e cientistas do mundo islâmico a fim de trazê-los para sua terra natal, e, no retorno, conquistou o reino Songhai, incorporando as cidades de Tombuctu e Goa. No canto do Saara, a 1ª cidade já era um importante meio de viagem para rotas comerciais do sal e do ouro, a qual passou por investimentos infraestruturais diretos de Mansa Musa com construções de mesquitas, como a de Djinguereber, e a madrassa de Sankore, a maior biblioteca da África na época(a de Alexandria foi destruída por volta do Século III).
Verdade seja dita, é difícil comparar as riquezas de uma época pré-industrial para o câmbio contemporâneo, embora alguns historiadores tenham tentado e estimado outras centenas de bilhões em patrimônio líquido, no entanto, realmente não há uma quantificação exata para o tanto de ouro que esse imperador possuía, conferindo-lhe o legítimo título de “O homem mais rico da História da Humanidade”.