Reportagem

Estudos, redes sociais, e como os dois podem se relacionar

Estudos, redes sociais, e como os dois podem se relacionar

Reportagem por Gabriel de Castro Paz Hausen em 1 de novembro de 2022


Publicado por Maria de Los Angeles Delgado

Café e computador (reprodução da imagem por pxhere)

É comum ouvir de pais e professores que as redes sociais tiram o foco dos jovens na hora dos estudos, mas e se elas puderem ajudar? Nos últimos meses, uma comunidade vem se expandindo em diversas redes sociais, a “Study Community” que, em tradução livre, significa “comunidade de estudos”. Em cada mídia social, ela é apelidada de acordo com a junção da palavra “study” com o nome da rede em questão. Alguns exemplos disso são as denominações StudyTok para o Tik Tok, StudyGram para o Instagram e StudyTwt para o Twitter. 

Tais comunidades focam, principalmente, em revelar diferentes formas de estudo e de colocá-las em prática. Em segundo plano, há de se destacar o quesito de conteúdo e matéria, assuntos também abordados nesses meios. Assim, é comum encontrar vídeos e textos sobre o cotidiano e a rotina estudantil dos membros, além dos múltiplos métodos de estudo, que variam em intensidade, quantidade e frequência, valorizando a qualidade. Dentre as dicas encontradas nesses conteúdos, as principais são:

  • A limpeza do espaço em que se estuda;
  • A constância, ou seja, estudar todos os dias possíveis, mesmo que em pouca quantidade;
  • Achar um certo prazer em estudar. Estudar é cansativo e nem sempre vemos o resultado desse esforço imediatamente, portanto, estudar ouvindo música e comendo algo gostoso, seguido de um descanso, é uma boa ideia;
  • Balancear os estudos. Não é possível aprender tudo em um dia e, por isso, um importante ponto, já mencionado anteriormente, é a necessidade de fazer pausas ao longo do dia e variar entre as matérias, de acordo com as suas preferências.

Além disso, existem dezenas de conselhos dos mais variados tipos de pessoas, o que facilita o encontro de algo que funcione, seja isso uma rotina pronta ou uma adaptação dela para melhorar seu encaixe no dia a dia do estudante. No entanto, deve-se lembrar que a maioria das pessoas nesses ambientes virtuais não são profissionais, já que são majoritariamente estudantes comuns que compartilham e discutem sobre parte de suas vidas pessoais. Tal efeito pode gerar conversas produtivas e valiosas, mas há de se ressaltar que elas devem ser analisadas com cautela antes de serem aplicadas.

Em paralelo, ao se tratar de redes sociais e, especificamente, dos grupos públicos nela presentes, é essencial falar das conexões formadas entre seus participantes. Desse modo, é importante mencionar o conceito de Study Buddy, que é muito popular nesses ambientes. Essa designação faz referência a um “amigo” que também se interessa pela comunidade, sendo esse uma pessoa com quem se pode conversar sobre a rotina e a escola, além de estudar conteúdos juntos e dividir materiais encontrados online. Contudo, vale ressaltar que é necessário ter muito cuidado com esses ‘amigos’, assim como se deve ter ao abordar qualquer pessoa encontrada na internet. Assim, tal interação pode ser muito interessante e positiva, mas deve ser feita de forma correta e segura.

Sob outro ponto de vista, é plausível destacar que muitos materiais de estudo podem ser encontrados nessas comunidades, mesmo sem um study buddy. Entre eles, menciona-se apostilas, vídeo-aulas, provas e vestibulares antigos agrupados, além de indicações em relação aos conteúdos de maior recorrência. Essa, portanto, é uma forma alternativa de saber a opinião de outros estudantes sobre alguns assuntos, populares ou não, encontrados na internet. Além de possibilitar a discussão com diversas pessoas, encontram-se diversas questões voltadas aos vestibulares.

Em suma, essas comunidades, formadas por estudantes e para estudantes, funcionam como uma ferramenta agregadora a ser utilizada na escola, na faculdade ou em atividades extracurriculares. Dessa maneira, elas permitem que as mais diferentes e distantes pessoas se unam e exerçam sua educação, podendo desencadear uma aceleração na melhora do mundo e dos sistemas educacionais.

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Gabriel de Castro Paz Hausen

Me chamo Gabriel Hausen, tenho 16 anos e estou no 2º ano do Ensino Médio no colégio Único. Me sinto honrado em ser jornalista da Folha e encaro essa oportunidade como algo muito benéfico para o desenvolvimento da minha escrita. Gosto de escrever sobre qualquer tema que se encaixe em qualquer gênero textual, mas tenho preferência por produzir resenhas de obras audiovisuais, já que sou apaixonado por cinema.

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