Representatividade autista no mundo cinematográfico

Atualidades por Bruna Maluhy Magnino em 02 de maio de 2023


Publicado por João Otávio Marquez e Silva

Representatividade autista no cinema (fonte: revista reação)
O cinema ainda deixa a desejar com o espaço de autistas nesta área do entretenimento.

O dia 2 de abril é o dia mundial do autismo. O Transtorno do Espectro Austista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por desenvolvimento atípico e manifestações comportamentais e influencia na comunicação, nos padrões de comportamento e no repertório de interesses. Nos dias de hoje, a representatividade autista no mundo cinematográfico ainda é pequena, visto que encontram-se poucos  filmes e séries com protagonistas autistas, além de poucos  atores autistas atuando ativamente. Nesse sentido, ressalta-se a importância de conhecer e dar palco para atores com o espectro autista, além de buscar dar maior representatividade para esse grupo. 

No filme O Contador , a representatividade fica clara no protagonista, uma vez que  suas características marcantes do transtorno como alta aptidão para matemática, fotossensibilidade e sensibilidade a barulhos altos, são notáveis durante a obra.  No longa, o personagem não é aceito pelo pai e suas ações “atípicas” são reprimidas. Já no mundo das séries, The Good Doctor é um ótimo meio de representação, já que o protagonista é um médico exemplar, mesmo sendo portador do espectro.  Apesar de representarem bem o transtorno, deixam a desejar com atores não autistas nos papéis principais.

Ademais, o ator Anthony Hopkins, protagonista de Hannibal, Silêncio dos Inocentes e vencedor de um Oscar de melhor ator, descobriu ser autista já na terceira idade. A descoberta foi incentivada por sua esposa, ela afirmou que ele deveria pesquisar sobre o transtorno, pois, assim algumas de suas características seriam explicadas. Hopkins descobriu um autismo leve e afirmou que o ajudou como ator, pois olhava para seus personagens de uma maneira diferente. Outro exemplo,  Daryl Hannah, atriz dos filmes Kill Bill e Blade Runner, descobriu o transtorno na infância e teve grandes dificuldades, pois era muito tímida e insegura. Devido à época que foi diagnosticada, os médicos cogitaram interná-la, mas sua mãe não deixou. Atualmente, a atriz fala abertamente sobre o autismo e vive feliz com sua carreira. 

Nesse sentido, é necessário que a indústria cinematográfica continue a produzir conteúdos com representatividade autista e valorize os atores com o transtorno no mercado. Além disso, nota-se a importância da criação do dia da conscientização autista para apresentar mais informações sobre o TEA e diminuir o preconceito.

Gostou? Compartilhe!
Pular para o conteúdo