Irã, com ataque aéreo, firma guerra contra Israel e intensifica o conflito no Oriente Médio
Reportagem por Rafael Braga em 15 de maio de 2024
Publicado por Lívia Araújo
Em 13 de abril, a base militar de Teerã disparou drones e mísseis contra Israel. Tais dispositivos, todavia, ativaram o sistema de defesa conhecido como “Domo de Ferro”, que evitou o choque às estruturas no território. Em resposta, os instrumentos explosivos israelenses foram utilizados no ataque à região de Isfahan, localizada a 450 km de distância da capital do Irã, que abriga pesquisas e instalações nucleares. Contudo, apesar das disputas, tais centros não foram atingidos.
O Irã justificou sua investida como uma resposta à ofensiva israelense no dia 1º de abril, que atacou, precisamente, a embaixada iraniana em Damasco, na Síria. O conflito, embora bélico, também é político e social. Diversas autoridades afirmam que tais disputas podem acarretar manifestações e oposições ao regime atual, além do caos popular já instaurado em Teerã, mostrando milhares de cidadãos lotando os mercados e os postos de gasolina a fim de estocar suprimentos.
Em meio à guerra, a ofensiva de Israel, no entanto, pode ser entendida como uma forma de “acobertar” a situação na região da Palestina, afirma o comissário das relações exteriores da União Europeia, Josep Borrell. Em seu discurso, o mesmo afirma: “Com o confronto entre Irã e Israel, perdemos a narrativa sobre Gaza”.
Apesar de o estopim da guerra ser recente, o conflito perdura desde a Revolução Iraniana em 1979, que estabeleceu disputas ideológicas entre os dois países. Entretanto, é fato que ambos já possuíram fortes e importantes relações econômicas com a exploração petrolífera no Oriente Médio durante as décadas de 60 e 70. Assim, o petróleo seria utilizado como “moeda de troca” por Israel para obter a tecnologia dos mísseis iranianos na proposta conhecida como “Project Flower”.
Como resultado da expansão do conflito no Oriente Médio, a guerra ainda se encontra longe de um fim e, assim como em outros contextos bélicos, a ONU se mostra mais uma vez passiva e reclusa diante de tais horrores.
Rafael Braga Sampaio – 2º Honra
Fontes:
- Fonte da Imagem
- https://www.bbc.com/portuguese/articles/c80zq41kx71o#:~:text=É%20assim%20que%20alguns%20analistas,segundo%20o%20exército%20de%20Israel.
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/entenda-escalada-de-tensao-no-oriente-medio-com-israel-e-ira-trocando-ataques/
- https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/por-que-ira-e-israel-sao-inimigos-entenda-a-origem-do-conflito/
- https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/04/18/israel-ataque-ira.ghtml
- https://www.bbc.com/portuguese/articles/c19deg8yxwwo
Resumo:
Em 13 de abril, a base militar de Teerã atacou Israel com drones e mísseis, desencadeando a ativação do sistema de defesa “Domo de Ferro”. Em retaliação, Israel atacou a região de Isfahan, no Irã. O país iraniano justificou sua investida como uma resposta à ofensiva israelense no dia 1º de abril: um ataque à embaixada iraniana na Síria. O comissário das relações exteriores da União Europeia destacou o impacto do conflito na narrativa sobre Gaza.
A guerra, enraizada em rivalidades ideológicas, econômicas e sociais, persiste desde a Revolução Iraniana em 1979. Entretanto, é fato que ambos, Irã e Israel, já possuíram fortes e importantes relações econômicas com a exploração petrolífera no Oriente Médio durante as décadas de 60 e 70. Assim, o petróleo seria utilizado como “moeda de troca” por Israel para obter a tecnologia dos mísseis iranianos na proposta conhecida como “Project Flower”.
Como resultado da expansão do conflito no Oriente Médio, a guerra ainda se encontra longe de um fim e, assim como em outros contextos bélicos, a ONU se mostra passiva e reclusa diante de tais horrores.
Bárbara Cunha Ferreira – 3º Nobreza