Streamings x Cinema: A guerra no entretenimento
Reportagem por Leticia Cerqueira em 18 de setembro de 2024
Publicado por João Otávio Marquez
O streaming tem maior custo benefício; o cinema é histórico, é arte. O streaming é de fácil acesso; o cinema é uma memória, um ‘rolê’. O streaming salvou todo mundo no isolamento social, e o cinema promete voltar com tudo, mesmo para aqueles que já decidiram que não vão mais abrir mão da TV de casa. Mas, afinal, será que voltaremos a sentar de frente para as telonas na mesma frequência de antes da pandemia?
Todo mundo se lembra de um filme histórico que viu no cinema – como na estreia de “Vingadores: Ultimato”, quando o mundo todo parou para assistir. Ir ao cinema significa sair de casa, encontrar uma pessoa que você gosta, escolher uma pipoca e ficar imerso naquele mundo ideal de filmes – e, principalmente, sem o celular para atrapalhar. O cinema entretém famílias há anos, e já foi palco de encontros românticos, de comemorações de aniversário, de dias normais dos geeks que não perdem um lançamento ou de sextas-feiras à noite sem nada para fazer.
Por outro lado, domingo à tarde, chuvinha, um sofá e uma TV são os maiores aliados dos streamings. Se tem de tudo, em qualquer lugar, a qualquer hora, pelo preço de um único ingresso no cinema. E com isso ainda vêm as séries, as maiores companheiras tanto na hora de realizar tarefas do dia a dia como na hora de relaxar. O streaming dá origem a memórias dentro de casa e permite se assistir por quantas horas quiser – mas sempre pode ser atrapalhado por algum pequeno inconveniente, como uma ligação de um tio distante.
A verdade é que escolher entre um e outro é quase impossível – há dias em que o conforto do lar é muito melhor que o cheiro gostoso de pipoca do cinema, e há dias em que a viagem no tempo ou espaço dentro da sala escura supera qualquer cobertor ou botão de pausa. Se as pessoas vão se render a um ou a outro, só o tempo irá dizer. Enquanto isso, o setor de entretenimento vai à loucura.