Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade

Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade

Resenha / Por Ana Beatriz em 17 de julho de 2020

Dirigido por Kip Andersen e Keegan Kuhn, com produção executiva do ator e ativista ambiental Leonardo DiCaprio, o filme documental “Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade” tenta prioritariamente e a todo custo, destruir tabus relacionados ao veganismo, além de desempenhar ideologias que, por vezes, são ocultas da sociedade, relacionadas ao impacto que o agronegócio, a produção de carne e a pesca predatória possuem no meio ambiente.

https://medium.com/da-massa/cowspiracy-o-segredo-da-sustentabilidade-a922b1c69a60

O filme, que é resultado de um ano de trabalho de Andersen, está disponível na plataforma paga Netflix e no Youtube de forma gratuita. “Cowspiracy” reproduz a pesquisa árdua de Kip e todo o processo que ele passou para provar que não existe forma sustentável de criar animais suficientes para alimentar a demanda de carne que o mundo possui.

O estopim para o início das pesquisas do jovem cineasta foi quando ele viu uma postagem de um amigo sobre um relatório oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), o qual afirmava que mais gases de efeito estufa eram emitidos pelo gado do que por todo setor de transportes.

A partir desse momento, ele descobriu fatos chocantes a respeito do consumo de carne e
laticínios como “Para a produção de 3,8 Litros de leite, é necessário 3 800 Litros de água.”, assim como “Comer 1 hambúrguer é equivalente a tomar um banho por dois meses inteiros.”, “91% da área desmatada da Amazônia foi desflorestada para criação de gado.”.

https://www.opopular.com.br/noticias/infomercial/fazenda-novo-horizonte-1.1501349/cria%C3%A7%C3%A3o-de-gado-leiteiro-%C3%A9-destaque-e-se-torna-excelente-op%C3%A7%C3%A3o-para-investidores-1.1501350

Andersen entrevistou ambientalistas renomados, dando dinamicidade e envolvimento com ativistas da causa vegana e entrou em contato com as sedes de organizações não governamentais como a Greenpiece, SOS Mata Atlântica, Sierra Club e Oceana com o intuito de debater sobre a agropecuária e a pesca predatória.

Porém, muitas delas se recusaram a serem entrevistadas sobre esse assunto, e da minoria que aceitou, nenhuma relacionou problemas ambientais como efeito estufa, desmatamento, contaminação e gasto de água com a criação intensiva de gado.

Em busca de justificativas para o sigilo das ONGs, ele contactou Will Potter, autor do best seller “Green is the new red” que explicou: “Esse assunto espanta a audiência. Essas organizações têm sócios e tentam maximizar o número de pessoas que fazem doações e, se eles forem tachados de anti-carne ou afrontarem hábitos tão enraizados das pessoas, isso mexeria com sua captação de recursos, diminuiria o financiamento”.

Andersen e seus colegas de trabalho repensaram seriamente em todo o contexto político e
social que seu documentário se envolveria, passaram a se questionar se seria uma boa ideia publicar sua obra.

https://ciboossessione.wordpress.com/2016/02/03/perche-vegetariano/

Além do dilema encarado pela equipe, eles também enfrentaram muitas dificuldades para produzir o filme, como o cancelamento de seu patrocínio devido à abordagem de temas controversos e ameaças de morte. Entretanto, o documentário foi divulgado e disponibilizado na Netflix e foi muito bem avaliado por ambientalistas, jornalistas e escritores a favor da causa vegana e vegetariana.

O filme traz à tona questões simples como a alimentação, no entanto, faz o telespectador associá-las a outros fatores de maior complexidade. Um exemplo disso é o fato de haver um aumento significativo no consumo de alimentos de origem animal, o qual, certamente, demanda a multiplicação da população de vacas leiteiras e bois, gerando, dessa forma, mais gás metano, excrementos, contaminação e poluição do planeta, além do aumento da área de produção de grãos geneticamente modificados para alimentar esses animais e, consequentemente, desmatando mais florestas para a ocupação do pasto.

O documentário, além de conscientizar as pessoas sobre os atuais e futuros problemas ambientais, também possui uma áurea dinâmica que prende a atenção do telespectador.

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Ana Beatriz

Oioii, gente! Eu sou a Bia Feitosa, diretora geral dos jornalistas e dos resumistas da unidade de Taguatinga, sempre podem contar comigo para o que precisarem. Eu sou uma pessoa mais tímida quando me conhecem pela primeira vez, mas apesar da cara de brava eu sou um amorzinho quando pego intimidade. Em relação aos meus hobbys, eu sou apaixonada pelas artes, amo desenhar e as vezes até arrisco graffitar umas paredes por aí. Mas o meu maior amor é a guitarra, adoro tocar um rockzinho. Minha matéria preferida é matemática e também sou formada em inglês. Bom, acho que isso é o que eu posso dizer aqui, para me conhecer mais é só me chamar :)

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