O filme conta a trajetória de três mulheres negras na época da Guerra Fria, em que havia uma disputa entre a Rússia e os Estados Unidos para ver qual país enviaria o primeiro homem ao espaço. Contudo, o que deixa o filme mais emocionante e intrigante são as dificuldades que essas moças têm que passar para simplesmente realizarem o seu trabalho e terem uma vida bem sucedida, dando o melhor de si.
O filme é bem prestigiado por tratar de um assunto muito polêmico nos dias de hoje, falando sobre o racismo presente na sociedade atual e na do contexto em que se passa a obra, onde existiam banheiros distintos para brancos e negros. Afinal de contas, pessoas brancas achavam um absurdo “negros respirando o mesmo ar que brancos”. Hoje em dia, muitas pessoas costumam pensar que o racismo é mais sutil, vendo que ele não funciona da mesma forma que antigamente e que a sua expressão mudou muito, mas, ainda assim, não se pode dizer que ele acabou por completo. A importância de existir filmes como esse está na ideia de salientar o quão ridículos são os comportamentos de certas pessoas com outras quando, por exemplo, são feitas piadas com negros que, muitas vezes, são pejorativas e colocam em pauta uma reflexão, criando um debate acerca das pessoas que pensam de forma racista e de quem sofre o racismo.
Na obra em questão, a protagonista Katherine Johnson passa por momentos de muita raiva e frustração em sua jornada, objetivando a conquista de uma ascensão em sua carreira para adquirir uma melhor posição na NASA, sendo essa a chamada “ala dos brancos”. Nisso, ela é tratada com mero descaso, a ponto de passar dois dias trabalhando incessantemente em um projeto, para, no final, seu chefe falar que ela poderia jogar fora. No seu próprio expediente, ela não podia nem mesmo tomar o mesmo café que seus colegas de trabalho, além de não poder usar o mesmo banheiro que os brancos, tendo que andar quase 800 metros para utilizar um banheiro que seria “permitido aos negros”. No entanto, o cenário começa a mudar quando ela se impõe na frente de seus colegas, na cena em que seu chefe lhe pergunta porque ela demorava tanto quando saia para o banheiro, sem saber que tal lugar era distante e separado do “banheiro dos brancos” .
Uma das cenas mais bonitas, no meu ponto de vista, foi quando, após muito esforço de Katherine, um dos principais astronautas reconheceu a sua dedicação com o sublime gesto de entrar em um foguete após a confirmação de um cálculo matemático dela, demonstrando respeito por ela e por seu trabalho. Assim, vê-se que Katherine e suas duas amigas eram extremamente inteligentes e conseguiram marcar um território merecido em seu local de trabalho e com os seus colegas.
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