Born a Crime, muito mais que uma história.
Resenha por Ariel Schneider em 07 de novembro de 2023.
Publicado por João Otávio Marquez e Silva
O livro “Born a Crime” é uma obra escrita pelo escritor e comediante Trevor Noah. Publicado no dia 15 de novembro de 2016, Trevor traz relatos de como foi viver na Africa do Sul durante o periodo de segregação racial, o Apartheid.
Durante toda a história, Trevor Noah relata muitas vezes situações as quais podemos identificar nos dias atuais, como por exemplo, situações de agressão a corpos pretos. O racismo que perpetua até os dias atuais, mesmo que de forma velada, assombra a vida de diversas pessoas, e o livro Born a Crime demonstra isso de forma reflexiva e humorística tornando a leitura fácil e até mesmo prazerosa para aqueles que não têm o costume de ler.
O título “Born a Crime” refere-se ao fato de o autor ter nascido da união de uma mulher negra e um homem branco (sua mãe e seu pai respectivamente) o que na época do Apertheid era considerado crime. Durante o decorrer do livro, Trevor conta historias reflexivas sobre como foi criado em um contexto de segregação racial e social. Uma das histórias mais marcantes que Trevor relata, é a de como sua mãe desafiou as leis segregacionistas para poder criar seu filho da melhor maneira possível.
Quando eu estava lendo esse livro, tiveram momentos os quais eu me identificava com o livro. O livro “Born a Crime” me fez refletir sobre como é a vida de uma pessoa preta num mundo como o que vivemos atualmente, onde a cor da pele é mais importante que o currículo escolar, a ficha criminal, a confiança, a desconfiança etc. Trevor Noah conseguiu demonstrar de forma divertida uma dura realidade que, mesmo que de forma sutil, predomina até os dias atuais.
A obra literária “Born a Crime” é muito mais que uma simples leitura, é uma reflexão sobre a atual realidade do mundo. O autor do livro, além de proporcionar uma leitura incrivelmente didática, podendo ser utilizada até como repertório para vestibulares, ele incentiva e encoraja os jovens desse século para não desistirem da luta contra um sistema tão racista e preconceituoso quanto o em que vivemos. Se eu tivesse que dar uma nota de 0 a 10 para esse livro, minha nota com certeza seria 10!