---

Publicado por João Otávio Marquez e Silva

Você já sentiu que o cinema estava morto? Que os filmes atualmente não passam de cópias uns dos outros? Bom, “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” é seu remédio, ou talvez a comprovação de todos seus medos. A reação do público à obra encadeou opiniões controversas sobre seu enredo, no entanto, é um consenso que, durante seus 139 minutos de duração, o filme te convida a questionar os “e se…” da sua vida. O filme, lançado em 2022, trouxe à tona diversas discussões sobre o futuro de Hollywood, e o mais importante, o do universo.

  “Tudo em todo lugar ao mesmo tempo” conta a história de Evelyn, uma imigrante chinesa, que deve se aventurar sozinha pelo multiverso de suas possíveis vidas para salvar o mundo. O roteiro desafia todos os limites já construídos pela indústria cinematográfica, fazendo uso de referências ousadas e perturbadoras. A maestria dos escritores leva a diálogos profundos e sagazes em momentos ridículos, fazendo o público simpatizar com, por exemplo, uma pedra. Com isso, eles conseguem te prender dos momentos mais banais até os mais extraordinários.

      Ademais, o longa-metragem também inova em sua cinematografia, com cenas que trazem à tona todos os sentimentos dos personagens no telespectador. Seja em seu enquadramento, no cenário ou até mesmo no figurino, as cenas sempre estão passando uma mensagem forte a quem a assiste. Vale destacar também o elenco maravilhoso da obra, como a Jamie Lee Curtis, a Stephanie Hsu, a Michelle Yeoh, mas em destaque o Ke Huy Quan, que traz uma humanidade bizarra para o Waymond, fazendo com que ele roube a tela. 

      Por fim, darei meu honesto conselho a você, leitor, assista ao filme com o coração e a mente aberta. A história de Evelyn é bela e qualquer um consegue se identificar com ela. A obra é uma mensagem de esperança, ao mesmo tempo que é uma reflexão sobre a situação em que nos encontramos. Se você se deixar, aprenderá a amar, ouvir e melhorar com os personagens.