Resenha

Bastardos Inglórios

Resenha por Ingrid Marques em 03 de abril de 2024


Publicado por Ana Liz Fialho de Souza


“Bastardos inglórios” (Reprodução por google)

Imagine uma realidade alternativa onde a  Segunda Guerra Mundial não acabou com a rendição da Alemanha aos países Aliados, tampouco com o lançamento de bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki no Japão. Bom, o filme “Bastardos Inglórios”, roteirizado e dirigido por Quentin Tarantino, explora exatamente o “e se” desse período histórico tão emblemático. Dessa forma, o longa-metragem, que é recomendado para maiores de 18 anos, conquistou várias indicações em premiações de prestígio, como o Oscar, e foi lançado em 2009 no Festival de Cannes, na França.

“Bastardos Inglórios’’, como em muitas obras de Tarantino, possui uma narrativa binária, ou seja, há duas histórias, aparentemente paralelas, mas que caminham juntas para o desfecho. Assim, no primeiro momento, acompanhamos a jovem Shosanna (Mélanie Laurent) a qual teve que criar uma nova identidade como dona de um cinema na França após o brutal assassinato de sua familia judia pelos nazistas. Além disso, concomitantemente, uma tropa de judeus americanos, liderada pelo tenente Aldo Raine (Brad Pitt),  é enviada para a França com um único objetivo: espalhar o terror entre o terceiro Reich. Esse enredo pode até parecer desconexo e simplório, porém, ao longo do filme, os diálogos super bem construídos vão cativando o espectador para o grande final.

Outro aspecto a ser citado é a qualidade dos elementos históricos abordados no filme. Isso se comprova, não somente nas cenas com o ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels (Sylvester Groth), o qual se utiliza do cinema como uma ferramenta para espalhar os ideias nazistas, como também os dialogos entre os personagens que exploram as divergências culturais e ideológicas entre países participantes da guerra. Somado a isso, o elenco foi muito bem escolhido, como Christoph Waltz, Diane Kruger e Daniel Brühl.

Portanto, “Bastardos Inglórios” é, inegavelmente, um dos melhores filmes de ficção-histórica. A forma como Tarantino estiliza os personagens e utiliza todos os elementos cinematográficos, como os movimentos de câmera e a trilha sonora, é realmente admirável e vale muito a pena assistir!

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