Partindo da etimologia da própria palavra, “democracia” tem origem do grego, baseada na junção de DEMOS, que significa “povo, distrito” e KRATOS “domínio, poder”, o que nos traz o significado de “poder do povo” ou “governo do povo”. A conquista e implantação da mesma deu-se ao custo de milhares de vidas, que lutaram pelo direito à participação política por meio do voto popular. Chegando aos dias atuais, surge o seguinte questionamento pautado na baixa porcentagem de eleitores de 16 a 17 anos nos últimos pleitos para a presidência: Nossos jovens estão abdicando do debate e participação política conquistados com tamanho esforço?
Diferentemente do que clama o senso comum, os nossos jovens possuem interesse no debate político e na participação na vida pública do país. O conturbado cenário político brasileiro e suas estruturas engessadas afugentam a juventude, a qual encontra dificuldades para distinguir meias- verdades de conteúdo imparcial e confiável, sendo assim a desinformação um dos fatores que contribuem para que os jovens abdiquem da participação política hoje. É necessário ressaltar a importância das redes sociais como forma de promoção do debate de ideologias de maneira mais convidativa aos jovens.
Nesse contexto, o acesso à informação e o incentivo à formação de cidadãos críticos e conscientes devem constituir pilares na formação acadêmica do jovem, ficando a cargo das instituições de ensino do país a estimular tal prática através de aulas dinâmicas, práticas e pautadas em assuntos atuais no que diz respeito às ciências sociais. Além disso, o debate amistoso e saudável de ideologias e convicções políticas no ambiente familiar deve ser estimulado, visando estabelecer a pluralidade de ideias em torno do jovem, para que o mesmo possa assim formar sua opinião de maneira crítica e sem a influência direta dos pais e responsáveis.