O sutil declínio da raposa

O sutil declínio da raposa

Esporte Por Lucca Bernardes, em 20/03/2020

cruzeiro
Foto: Twitter/Mineirão

O Cruzeiro Esporte Clube, fundado em 1921, jamais havia tido que disputar qualquer divisão de acesso do Campeonato Brasileiro. Porém, o rebaixamento foi a consequência desastrosa da temporada caótica dentro e fora de campo. No início, de um dos melhores times do país que seguia o ritmo dos últimos anos – bicampeão da Copa do Brasil em 2017 e 2018 -, a uma decadência que, não por mera coincidência, começou a partir de uma denúncia de corrupção de dirigentes do clube de Belo Horizonte.

No começo do ano, o título do Campeonato Mineiro e uma ótima campanha na fase de grupos da Libertadores da América fizeram com que o time cruzeirense fosse muito elogiado e comentado. Porém, essa fase durou até o mês de abril. No dia 26 de maio, começaram os problemas. Uma reportagem do Fantástico mostrou uma investigação da Polícia Civil que analisava transações irregulares e uso de empresas de fachada para ocultar crimes cometidos dentro do time. Isso resultou em uma instabilidade na equipe e não demorou para que os maus resultados fossem nítidos.

Houve a parada para a copa América, que podia ser uma “respirada” para o clube. Entretanto, os problemas já estavam instalados. O time, caindo cada vez mais de produção, viu as eliminações na semifinal da Copa do Brasil e nas Oitavas de final da Libertadores, esse último em pleno Mineirão. E ainda tinha o Brasileirão, que estava apenas em segundo plano. 

Diversas mudanças no comando técnico, sucessivas derrotas, jogadores insatisfeitos, torcida impaciente, tudo já era uma bola de neve nos últimos meses do ano. Erros que eram velados há anos apareceram para todos no dia oito de dezembro, quando o Cruzeiro estava decretado a jogar a segunda divisão nacional em 2020, sob o comando do 4º técnico da temporada.

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