O isolamento não é só físico
Atualidades Por júlia mansur, em 02/06/2020
O isolamento social é a ferramenta mais importante contra o COVID-19, já que previne o avanço da doença e nos protege dos efeitos danosos do vírus. Porém, tanto a quarentena quanto o medo de uma enfermidade nova impactam diretamente a saúde mental das pessoas. Embora a saúde física seja o principal objetivo do resguardo, fica a pergunta: qual seria o impacto psicológico gerado naqueles que são obrigados a se afastar de tudo e de todos?
Os jovens, hoje em dia, são os mais afetados por problemas psicológicos, como ansiedade e depressão, e agora, no período de isolamento, tais problemas acabam se intensificando. Não podendo sair de casa, a vontade de só ficar deitado e não fazer nada é grande; entretanto, com isso, cria um peso em seu inconsciente, estudado por Freud – pai da psicanálise, que estudou o inconsciente e a criação de traumas, os quais se encontram nesse local psíquico -, podendo levar a esses transtornos ou à intensificação deles.
Com o isolamento, as escolas estão adquirindo o ensino a distância, o que, por um lado, é uma salvação para os estudantes, mas, ao mesmo tempo, pode ser um grande problema para alunos com distúrbios psicológicos. A pressão e a tentativa de se acostumar com a nova realidade exigem muito esforço e uma estabilidade emocional complexa, que não é alcançada por todos. Para poder amenizar tal situação, os jovens podem pedir ajuda a contatos de confiança, tentar meditar e se manter ocupados. Pode parecer difícil no início; todavia, com o tempo, vai ficando mais fácil, pois, se você se deixar levar por esses pensamentos, vai ficar tudo ainda mais complicado.