Em homenagem ao dia das mulheres, jornalistas da Folha Única entrevistaram Tatiana Resende, professora do Único Educacional, sobre como o “ser mulher” afeta a carreira de professora. Tatiana possui Graduação em Ciências Biológicas, Bacharelado pela Universidade Federal de Goiás, mestrado em Biologia Animal pela Universidade de Brasília no Departamento de Genética e Morfologia no Laboratório de Genética, com ênfase em Genética Humana e Genética Forense e Ensino de Genética.
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Folha Única: Você já se sentiu alguma vez menosprezada pelos seu alunos por ser mulher?
Tatiana: Já dou aula há muito tempo, 12 anos, e, quando comecei, eu iniciei minha carreira em pré-vestibular, que é um ambiente muito mais masculino do que o ensino médio. Isso acabou, na época, gerando esse certo desconforto quanto à quantidade de professores homens em relação à quantidade de mulheres. Hoje, nós temos um espaço muito melhor, em que eu não percebo tanta desigualdade quanto acontecia há 12 anos. Hoje, percebo que nós somos muito acolhidas, até mesmo por outras mulheres, muito mais do que éramos. Somos mais acolhidas, elogiadas e abraçadas, dá pra perceber até um carinho também, e as alunas se sentem mais à vontade para conversar com você, por ser mulher, e comentar sobre algum desconforto, etc. Sinto essa relação mais próxima entre eu, professora, e minhas alunas, tanto de ensino médio e quanto de pré-vestibular.
FU: Qual o motivo da disparidade entre a quantidade de homens e mulheres nas salas de aula?
T: Eu acho que era mais gritante no cursinho de 12 anos atrás, mas eu vejo isso como resultado da nossa própria cultura, da nossa própria história perante as nossas conquistas femininas. As mudanças com os anos são notáveis, a gente percebe isso em menos de uma geração, mas eu acho que esse trabalho que vocês estão desenvolvendo, buscando conscientizar mais, a promover um nível de respeito, ainda é de suma importância.
FU: Quando você foi escolher um curso, você levou em consideração ser mulher ou isso não foi um problema?
T: Eu nasci em uma cidade muito patriarcal, mas fui muito desconectada dessa cultura. Então, isso nunca passou pela minha cabeça na hora. E eu mesma senti o machismo na pele, vivenciando durante a batalha e o trabalho.
FU: Que tipo de homenagem você gostaria de receber no dia das mulheres?
T: Eu acho que seria mais atitudes, mais atos, do que palavras, do que presentes, e atitudes como essa de vocês. Esse ano foi meu maior presente de dia das mulheres: uma entrevista para mostrar um pouco essa importância da mulher no mercado de trabalho.
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