O vestibular é mesmo a única opção?

O vestibular é mesmo a única opção?

Único Educacional Por Giovana Sá em 05/07/2020

http://www.fredericopretti.com.br/o-estresse-de-estudantes-no-vestibular/

A realização do vestibular para entrar em uma faculdade deixou de ser uma opção para muitos, tornando-se uma das várias obrigações impostas pelas escolas e pelos responsáveis do estudante. No Brasil, é comum que, entre as preocupações de um jovem, esteja inserida a execução do vestibular, a fim de conseguir a admissão em uma boa faculdade e para que, posteriormente, possa vir a atuar na área desejada. No entanto tal sistema de admissão pode vir a apresentar uma infinidade de falhas, tanto em questões estruturais da prova, quanto em razão dos possíveis danos emocionais por parte daqueles que a realizam. Com isso, há quem escolha outras maneiras de atuar no mercado de trabalho atual e na área almejada sem precisar fazer o vestibular ou, até mesmo, não ingressando em uma faculdade propriamente dita. 

É necessário ter em mente que há diversas maneiras de estudar o seu curso dos sonhos. De uma forma geral, o vestibular não se encaixa como a única opção do estudante, é apenas a forma mais tradicional para o ingresso. No mundo atual, existem opções para todos os tipos de estudantes, para os que possuem maiores rendas, para os que possuem menores e até mesmo para aqueles que decidem não entrar no ensino superior.

Para aqueles estudantes que possuem uma renda maior, o estudo em outra nação pode ser uma ótima opção para quem não quer prestar vestibulares, uma vez que, alguns países, como os Estados Unidos, Austrália e Argentina, utilizam de uma avaliação do histórico escolar e da participação em atividades extracurriculares para garantir a entrada da população em suas redes de ensino superior, prescindindo uma prova avaliativa e seletiva. Entretanto, infelizmente, são poucos os que detêm capital suficiente para financiar um estudo internacional, gerando outro impasse para a grande parte da população que não possui esse tipo de privilégio. Todavia, há soluções para aqueles que procuram medidas em âmbitos nacionais: o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e os programas de ingresso seletivo são as soluções mais procuradas entre os alunos que não pretendem fazer o vestibular tradicional. 

O ENEM foi criado em 1998 inicialmente como um teste de avaliação de desempenho para alunos concluintes do ensino médio, contudo, atualmente, se configura como uma das principais ferramentas substitutas do vestibular tradicional. O Enem ocorre uma vez por ano e engloba todos os conteúdos vistos durante os 3 anos do Ensino Médio. Dividindo-os por áreas de conhecimento, ele avalia o estudante e possibilita a utilização da pontuação obtida para a entrada em instituições públicas e privadas, além de algumas internacionais como a Universidade de Coimbra, em Portugal. 

Outras duas medidas a serem utilizadas são o Sistema de Seleção Unificada (SiSu) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). O SiSu possibilita o ingresso em mais de 120 instituições. Mediante à pontuação alcançada no Enem, o sistema ocorre 2 vezes por ano, no início de cada semestre, e não conta com um limite de renda para a participação; já o ProUni, concede bolsas em instituições particulares a alunos com renda familiar de até 3 salários mínimos, possibilitando assim que estudantes de todo o pais e com diferentes rendas consigam cursar, de maneira independente de um vestibular clássico, os seus cursos dos sonhos.

Há também aqueles que optam por não passar por essa fase e acabar por não fazer faculdade. Para esses, também existem diferentes possibilidades de obter sucesso no mercado de trabalho; a realização de cursos técnicos e concursos públicos que não exigem diplomas são uma medida que pode vir a ser adotada por quem opta por meios alternativos. Há também alguns trabalhos os quais não exigem graduação, contratos com empresas privadas ou, até mesmo, trabalhos não convencionais como o de Youtuber, profissão bastante requerida em meio a esse século virtual, que podem ajudar a alavancar a vida trabalhista de quem decide por não ter uma formação acadêmica no Ensino Superior.

Portanto, é valido pensar sobre as demais alternativas apresentadas, uma vez que vivemos em meio a uma pluralidade de pensamentos e opiniões que nos possibilita infinitas decisões, todavia, todas visando o bem-estar do indivíduo e a conservação de suas decisões e valores, para que, ao final, independente de qual for o caminho escolhido pelo indivíduo, ele se encontre bem e feliz com a sua decisão.

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Giovana Sá

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