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Fritz Haber

Fritz Haber

Resenha / Por Fabio Viseu em 21 de julho de 2020

Quando falamos de Haber lembramos sempre de um processo muito famoso, a síntese de Haber-Bosch.

1 N 2(g) + 3 H 2(g) � 2 NH 3(g)

A amônia (NH 3 ), produzida por Haber nessa síntese, é um composto químico percursor dos explosivos mas principalmente fertilizantes artificiais. Sua síntese revolucionou a
agricultura e graças a ele temos a capacidade de alimentar os habitantes do planeta,
não obedecendo a teoria Malthusiana.

Porém, infelizmente, da mesma forma que Haber revolucionou o mundo sintetizando a
amônia e levando o desenvolvendo da agricultura, ele também revolucionou o mundo
com invenções que levaram a morte de inúmeros seres vivos, vítimas de gases tóxicos
usados como armas químicas.

Entre 1900 e 1918 a ciência alemã liderava e Fritz Haber – ganhador do Prêmio Nobel,
temperamental, soberbo e de pouco escrúpulo (assim definido pelo seu próprio filho),
abandonou o judaísmo e se converteu ao luteranismo, uma decisão que lhe rendeu a
patente de capitão e um gabinete exclusivo na famosa Divisão de Guerra com Gases
alemã.

https://www.mediastorehouse.com/mary-evans-prints-online/german-gas-attack-russian-14276409.html?nochkip=1&prodid=7046

Na noite de abril de 1915, em Ypres os alemães usaram uma nova arma de combate: um gás tóxico dentro de recipientes metálicos enterrados.

Quando o vento virou a direção eles abriram as válvulas liberando cerca de 180 toneladas de gás cloro (Cl2) burlando o Tratado de Haia que proibia o lançamento de projéteis.

Começa então o horror vitimando cerca de 10 mil soldados.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Clara_Immerwahr

O sucesso encontrado por Haber na Alemanha militar não era encontrado em casa. Sua esposa, Clara, também química e de família judaica, tinha constantes divergências com seu marido sobre o uso de gases tóxicos como armas químicas.

Ela não realizou o “casamento científico”, como Pierre e Marie Curie, e em 1915, após um jantar em homenagem a Haber pelos feitos na batalha de Ypres, ela se matou com um tiro no peito no jardim da mansão.

Herman Haber, filho do casal, também cometeu suicídio em 1946.

Haber ganhador do prêmio nobel e judeu, foi expulso da Alemanha em 1933, ano de ascensão da ditadura alemã, fugia do país que colocou seu conehcimento e dedicação
a serviço, morreu um ano depois com seus 65 anos.

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