Atualidades / Por Rebeca Cristina em 20 de julho 2020
Nessa sociedade globalizada em que vivemos, as informações disponíveis em quaisquer veículos midiáticos atravessam todo o mundo em milésimos de segundos. Conforme o cardiologista Carlos Alberto Pastore, o excesso dessas informações pode danificar o bom funcionamento do cérebro e causar danos à memória e às tomadas de decisões. Isso ocorre pois o cérebro tem um limite de assimilação de ideias e de retenção de informações para tomar decisões.
Quando colocamos o cérebro para funcionar no mesmo ritmo desse limite, é ativada a ansiedade e o estresse excessivos. Existem casos, por exemplo, que chegam aos hospitais de pessoas com alguma parte do corpo paralisada, porque o corpo entra em pane, ficando naquele estado por vários dias. A recomendação médica é a mesma: descansar por, pelo menos, um mês, desligar-se de tudo.
Em tempos de Covid-19, a história é a mesma, saturando, assim, todas as vias de comunicação. O medo é nítido em expressões faciais, e é tão grande a ponto de esvaziar as prateleiras de mercados em questões de segundos. Com isso, o preço das mercadorias sobe, e, como ainda há pessoas que não estão trabalhando, a conta bancária delas vai se aproximando do vermelho.
Isso tudo ocorre por causa da quantidade obscena de informações que é lançada nas redes sociais, e, como ainda nem todo o brasileiro está pronto para filtrar tudo o que recebe, pode acabar acreditando em Fake News e espalhar para seus entes mais próximos, criando um pânico quase que irreversível.
Se pararmos para pensar, o estoque de álcool em gel de algumas farmácias já havia esgotado antes mesmo de o vírus chegar aqui ao Brasil. Ou seja, diante de tantas informações, os humanos ficam com medo não do que está acontecendo, mas do que irá acontecer, e é aí que entra a ansiedade.
Sob outro ponto de vista meu, acredito que nem todas as informações têm, como objetivo, alertar e atualizar pessoas, pois sempre existem aquelas que, com o propósito totalmente capitalista, induzem a pessoa a comprar certos pertences ou até mesmo ideias.
Vou te dar um exemplo, mas, para isso, preciso que pense um pouco. Você está gastando o mesmo tempo nas mídias sociais que costumava gastar? Com quanta frequência percebe propagandas pelo seu feed- seja qual seja a rede social- de máscaras ou de aplicativo de delivery? Bom, não sei no seu feed, mas, no meu, dobraram a quantidade de propagandas, o que acho um absurdo, porque isso pode me levar a gastar um dinheiro que não tenho em um tempo tão complicado como o que vivemos. Então, tome cuidado com tudo que está disponível e saiba filtrar melhor o que você deve absorver ou não.
Com isso, posso concluir que podemos estar a salvo de patologias, mas nunca do
bombardeamento de dados que a mídia faz enquanto estamos conectados à internet.
Ou seja, isso tem duas saídas óbvias: abstinência de internet ou o aprendizado de como averiguar o que nos convém ou não.
Se formos pela segunda opção, é importante que o governo proporcione a todos palestras e apresentações, a fim de explicar melhor esse peneiramento que devemos fazer (obviamente, isso teria que ser depois do tempo de isolamento social em que estamos). Não entre em pânico, está quase acabando!
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