No ambiente acadêmico e no mercado de trabalho, profissionais competentes forçam diariamente seus limites para obter resultados competitivos. Em meio a essa agitação diária, doenças como stress e enxaquecas são vistas como meros percalços, ou até mesmo, sinônimos de produtividade e dedicação.
Concomitantemente, a sensação de que sempre há alguém mais capacitado almejando a sua posição impede o usufruto de prazeres simples que a vida proporciona. Muitos recorrem a estimulantes para atenderem às elevadas demandas as quais se submetem. As chamadas “drogas da inteligência” são medicamentos estimulantes utilizados sob prescrição médica para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), cujo uso tem crescido exponencialmente entre indivíduos saudáveis que visam o aumento de performance nos diversos contextos em que estão inseridos.
Tais drogas, cujas composições químicas se assemelham a metanfetamina, estimulam o sistema de recompensa do cérebro, facilitando a realização de atividades consideradas tediosas com maior eficiência e destreza. Indivíduos que apresentam TDAH possuem a liberação disfuncional de substâncias relacionadas a recompensa, sendo esse déficit compensado por tais medicamentos.
Entretanto, o uso desenfreado de tais drogas em indivíduos saudáveis mina a produção natural de dopamina, serotonina entre outras substâncias essenciais ao bem estar, causando dependência severa e a necessidade de doses cada vez maiores para satisfazer os objetivos visados. Esta parece uma realidade distante da nossa, porém toda atenção é necessária para evitar consequências desastrosas de um contexto extremamente atual.