O dia em que os vilões salvaram o mundo

O DIA EM QUE OS VILÕES
SALVARAM O MUNDO

Resenha Por Julia Monteiro Vazquez Fadul 26/08/2020

ÍCONES DOS QUADRINHOS GANHAM VIDA NO MUNDO DO CINEMA E SE TORNAM OS MAIS NOVOS HERÓIS DA DC COMICS

Filmado e refilmado até o último minuto, o filme Esquadrão Suicida, dirigido por David Ayer, não poderia ser mais confuso, tanto para os fãs dos quadrinhos – ansiosos para verem seus heróis nos telões – como para os amantes de cinema, que só querem curtir aquela sessão de domingo à tarde. Dentre os atores, destacam-se Will Smith (Pistoleiro), Margot Robbie (Arlequina) e Jared Leto (Coringa). Vale mencionar que o filme ganhou o Oscar – de melhor maquiagem.

No longa, a agente do governo americano Amanda Waller (Viola Davis) resolve construir sua própria equipe de super humanos logo após a primeira aparição do Super Homem na Terra, trazendo a existência de tais mutantes ao conhecimento geral e, com este, a ameaça de possíveis super vilões. Assim, Amanda formula um acordo com alguns criminosos – dotados de super poderes – para lutarem pelos EUA em troca de dez anos a menos em suas sentenças. Tem-se, então, o Esquadrão Suicida. 

Não faltaram oportunidades para o filme ser fantástico. O elenco reúne vários famosos da indústria cinematográfica, e a trilha sonora teve quase mais sucesso que o próprio filme. Mas a sensação que fica é de uma receita que tinha os melhores ingredientes mas queimou no final, como mostra a mínima presença de Joel Kinnaman (Rick Flag no filme) em contraste com o exagero de cenas focadas na Arlequina, como se o filme fosse dela, e não de uma equipe. Após centenas de críticas negativas ao último filme lançado pela DC – Batman vs Superman : A Origem da Justiça -, parece que a insegurança tomou conta da produção de Esquadrão Suicida, levando até à filmagem de novas cenas que não estavam no roteiro original. 

Suicide Squad (nome original do filme) é o tipo de entretenimento para quem gosta de clichês moldados pela indústria cinematográfica, seja nas falas com piadas ruins, seja no roteiro previsível que é incapaz de prender a atenção do espectador do início ao fim. Decepcionante para a plateia que veio dos quadrinhos para ver seus personagens em vida real e uma péssima entrada para quem estava pensando em dar uma chance às HQs. Além disso, superando as expectativas após as muitas críticas negativas, a Warner Bros. já confirmou o lançamento de uma sequência no ano de 2021, porém com sábias mudanças no elenco, com a saída de personagens desnecessários para a trama – como a Katana – e a valorização do Pistoleiro e da chefe da equipe, Amanda Waller. Minha expectativa é de que o filme irá se redimir, pois são personagens que conquistam o público com suas peculiaridades e que deixaram sua marca nos quadrinhos e que tiveram um início não muito bom no cinema, mas que têm tudo para ter um excelente final.

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