Durante a época da colonização das Américas, um dos grandes fatores para a iniciação do racismo foi o Eurocentrismo, o qual defendia que a Europa era o centro de tudo, sendo que, os brancos eram considerados uma raça “superior” à dos negros. Com isso, o tráfico de escravos vindos da África ganhou força, iniciando ,assim, as primeiras práticas do racismo no mundo.
Atualmente, o racismo está presente no dia a dia de muitos brasileiros, sendo que eles julgados pela sua cor antes de expor seus ideias e atitudes. Um grande exemplo do preconceito existente foi o caso “Os cinco do Central Park”, uma história real que baseou a série “Olhos Que Condenam”, dirigida pela plataforma de streaming Netflix. Trisha Melli, uma mulher branca de 28 anos, foi atacada brutalmente por outras 8 pessoas, enquanto corria no Central Park. A situação foi tão grave que Melli ficou em coma durante 12 dias. O ataque foi, supostamente, feito por 30 a 32 adolescentes no dia e a polícia conseguiu prender 10 suspeitos que foram julgados pelo ataque. Entre eles, quatro jovens afro-americanos e dois latino-americanos foram indiciados por estupro, assalto, roubo, motim, abuso sexual e tentativa de assassinato à moça. Os seis jovens foram presos, mas, nos interrogatórios, todos os jovens negaram e nenhuma das amostras de DNA correspondiam a da deles. Segundo fontes, as testemunhas incriminaram os jovens apenas por estarem ali, mas eles não tinham nada em comum com o caso. Os jovens, enquanto estavam na prisão, sofreram agressões físicas e verbais, sendo julgados maliciosamente e sofrendo discriminação racial. Então, no nosso ponto de vista, o racismo é um problema que deve ser combatido constantemente e não só quando casos vão para a mídia.
Em entrevista para a BBC News, a filósofa e escritora Djamila Ribeiro define o comportamento do brasileiro em relação ao racismo: todo mundo sabe que existe, mas ninguém acha que é racista. Ela também salientou que os protestos não são as únicas formas de fazer resistência e que o aumento de declarações de individuos negros no Brasil é considerado uma luta dos movimentos negros. Em consequencia, em 2013, Alicia Garza, Patrisse Cullors e Opal Tometi criaram uma organização chamada Black Lives Matter, que tinha como objetivo erradicar a supremacia branca e intervir na violência infligida às comunidades negras pela polícia e estado.
Então, como uma forma de combater o racismo estrutural e suas consequências, o Movimento Negro mobiliza milhões de pessoas em busca da igualdade e direitos da população negra. Baseando-se na questão do combate ao racismo, surgem diversas discussões relacionadas ao preconceito que fazem com que os movimentos negros fiquem alertas. Dentre elas, o genocídio da população negra, alvo constante das batidas dos policiais, principalmente entre os jovens. Enquanto nós, Brasileiros, não assumirmos que somos racistas, não só como indivíduos, mas como em sociedade, a luta contra a discriminação racial nunca chegará ao fim.
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