Publicado por Maria Rita Mamede
Construções civis sempre foram muito importantes para o surgimento urbano no mundo e, para isso, foi constantemente usado muita mão de obra, tempo e dinheiro, além da necessidade da boa vontade da mãe-natureza para que não ocorresse nenhum imprevisto climático. Atualmente, o método mais utilizado para construção civil é bastante antigo e dependente de fatores difíceis de se prever, como agentes climáticos e naturais.
Para resolver esses problemas, startups desenvolveram uma tecnologia para a construção civil utilizando impressoras 3D especializadas. Esse novo modelo otimiza tanto o processo de construção das casas quanto a eficiência energética e térmica das casas.
A nova tecnologia de impressão 3D consegue ser mais rápida do que as tradicionais formas de construções de prédio e pequenas estruturas, porque não dependem de boas condições climáticas nem de um grande número de trabalhadores, usando uma automação de mais de 80%. Além disso, em uma das formas de produção eles usam um sistema de delivery de casas, fazendo pedaços das casas em um local fechado e controlado, para menor interferência e maior polimento no trabalho final. Após todo o processo, eles enviam os pedaços separados e juntam no local final onde ficará a estrutura, como várias peças de lego.
As impressões 3D conseguem diminuir os preços dos imóveis em 25% ou mais, pois gastam menos materiais na produção (usando suas próprias fórmulas para usar como material), e não necessitam de um grande número de funcionários, pois diminuem o número de horas trabalhadas e possuem uma maior automação.
A moderna construção com essas novas tecnologias é promissora, trazendo atenção para grandes feitos, como a construção da Prefeitura de Dubai, sendo o maior edifício feito por impressão 3D, com 9,5 metros de altura e 640 metros quadrados. O mesmo está sendo executado pela Apis Cor, uma empresa norte-americana. Esse projeto usa um maquinário móvel erguido por guindastes, precisando apenas de três funcionários e a máquina para imprimir as estruturas de parede do edifício. As fundações da estrutura são convencionais, as paredes são impressas, mas os reforços são feitos com moldes da impressão 3D e preenchidos posteriormente com vergalhões e concreto comum.
“O uso da tecnologia de impressão 3D é apenas nos estágios iniciais de desenvolvimento. Estamos fazendo um extenso trabalho de pesquisa para disponibilizar a tecnologia para uso em larga escala. Agradecemos a oportunidade de colaborar com a Prefeitura de Dubai. O projeto nos proporcionou um conhecimento único e uma experiência inestimável que nos ajudarão a melhorar nossa tecnologia e desenvolver uma nova versão da nossa impressora. A versão aprimorada será ainda mais confiável e eficiente. Além disso, durante o projeto, testamos e melhoramos a massa 3D desenvolvida por nós. Este projeto é um grande avanço na indústria de impressão 3D em concreto.” – Nikita Cheniuntai, CEO e fundador da Apis Cor.
A empresa Apis Cor usa como estratégia, para otimizar suas estruturas, a fabricação do seu próprio material feito a partir de cimento, areia, geopolímeros e fibras, aumentando a resistência, diminuindo o espalhamento do material durante a impressão e secando mais cedo, evitando problemas durante a obra.
A impressão 3D para estruturas será usada também como reconstrução de cidades menores quando abaladas com algum evento fora do controle, além de possibilitar que governos ou ONGs construam casas para pessoas menos afortunadas precisando de auxílio, pois é bem mais barato.
Esses projetos são tão promissores que, segundo a PR Newswire, a impressão 3D no mercado deve movimentar mais de US$1,5 bilhões até 2024, principalmente com as ideias mais ousadas, como estruturas artificiais fora da Terra, mostrando o futuro potencial econômico dessa técnica inovadora, mudando o futuro da construção civil.
O Brasil também já usou essa técnica de construção em 2020, a primeira casa impressa do País, feita pela 3D Home Construction. Esse projeto foi iniciado em 2017, feito por alunos do Curso de Engenharia da Universidade Potiguar, Rio Grande do Norte, como um TCC (Teste de Conclusão de Curso), chegando a custar 50 reais o metro quadrado. O projeto visava reduzir os custos de produção e usar um material ecológico.
Como um grande avanço para a exploração espacial, a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) realizou uma competição entre várias startups para ver qual delas teria a melhor maneira de construir o primeiro lar da humanidade em outro lugar fora do Planeta Terra. Dessa forma, para esse concurso, a startup Icon, que foi vencedora, planejou e usou impressoras 3D que utilizam um material feito de compostos da superfície de Marte para construir as instalações no planeta. Esse projeto permite que, para a instalação das estruturas, não seja necessária a presença de seres humanos no local para coordenar tudo. Como financiamento desse projeto, a Nasa assinou, em 2020, um contrato de US$14 milhões com Icon, com um objetivo de criação de uma base na Lua e em Marte, sem data prevista para a realização final do projeto.
E para o futuro?
Para o futuro, ou mesmo presente, é possível que tenhamos essa tecnologia ainda mais desenvolvida, possibilitando edifícios com designs ainda mais inovadores ou mesmo tornando as áreas urbanas cada vez mais dinâmicas, além de serem mais ecológicos e baratos em toda sua produção.
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