Esporte por Mariana de Paula em 09/10/2021
O documentário Defying Gravity da revista Glamour estreou na plataforma Youtube há 10 meses. Nele, grandes nomes da ginástica como Olga Korbut, Laurie Hernandez, Aly Raisman falam abertamente sobre as diferentes modalidades do esporte, o que faz uma equipe vencedora e, principalmente, as dificuldades que passaram, como bulimia, a constante pressão de manter um certo peso e uma certa aparência, além do perfeccionismo que chegava a torturar algumas atletas.
Após Simone Biles, atualmente maior símbolo da ginástica atual, mostrar suas dificuldades e atual estado mental e desistir de competir nas Olimpíadas de Tokyo, a saúde mental das ginastas entrou em foco, e Defying Gravity ajuda a mostrar um lado muitas vezes ignorado pelos telespectadores: o lado humano e vulnerável das atletas.
O documentário conta com 6 partes e relatos de vários nomes gigantes no mundo da ginástica. O impacto mental do esporte em todos esses nomes é inegável; anos de trabalho intenso com padrões extremamente altos e perfeccionismo em mente são apenas alguns dos culpados. Muitas sofrem de problemas de imagem corporal, como Olga Korbut que lutou contra a bulimia desenvolvida em seus anos de ginasta. A necessidade de se manter em certo peso e com certo corpo levou Olga e outras ginastas a desenvolverem transtornos alimentares. Além disso, a constante pressão para ser perfeito, sem erros e sem deslizes, atormentam as atletas, a maior parte sem nenhum tipo de suporte mental.
Para piorar, em 2017, o caso de Larry Nassar ganha atenção. O médico do time de ginástica americano é levado ao tribunal por assediar sexualmente mais de 300 ginastas, muitas menores de idade. O ambiente tóxico que deixou essas mulheres desprotegidas pode ser visto no documentário “At the Heart of Gold: Inside the USA Gymnastics Scandal” na HBO ou até no episódio 5 de “Defying Gravity”.
mulheres desprotegidas pode ser visto no documentário “At the Heart of Gold: Inside the USA Gymnastics Scandal” na HBO ou até no episódio 5 de “Defying Gravity”.
É notável a falta de um sistema de apoio e suporte emocional dos atletas até mesmo em países famosos por seus esportes, como os Estados Unidos. São necessárias maiores medidas para proteger e cuidar dos atletas e garantir que casos como o de Larry Nassar e histórias como a de Olga nunca se repitam. Além disso, é preciso uma maior empatia por parte do público, uma humanização dos atletas e um constante lembrete de que nunca se sabe o que acontece por trás dos panos. Dessa forma, será possível ver mais do que atletas, ver seres humanos.
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