Dissertação argumentativa por Ana Belle Silva Ramos em 16 de março de 2023
Publicado por: Maria Laura
Ter conhecimento sobre história é algo crítico para entender o presente e moldar o futuro. De acordo com a célebre frase do filósofo espanhol George Santayana: “Aqueles que não conseguem se lembrar do passado estão condenados a repeti-lo.” Dessa forma, a história permite ter conhecimento sobre a condição humana, seus triunfos e o que é ser humano. Entretanto, no contexto do século XXI, o ensino da história — mundial ou nacional — é constantemente negligenciado devido a fatores como o negacionismo relacionado à polarização política e a falta de recursos.
Diante desse cenário, no filme “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989), dirigido por Peter Weir, nota-se a constante ênfase no quão essencial é questionar a realidade e assimilar os acontecimentos do passado. Todavia, isso é dificultado pelo negacionismo emergente, ligado à polarização política, o qual reforça a visão equivocada de que a história é um campo de conhecimento no qual se pode mudar o significado de eventos passados sem embasamento, ou pode-se censurar e apagar. Assim, professores e pesquisadores da área enfrentam dificuldades para seu ensino, considerando que são acusados constantemente de doutrinar seus alunos ou leitores, ou seja, são acusados de permitirem que suas visões políticas interfiram em seu trabalho.
Além disso, é evidente que o ensino é precário e desvalorizado, principalmente no Brasil, nação detentora do 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA). Com isso, o ensino da história é diretamente afetado, pois necessita de recursos adequados, como livros didáticos atualizados e acesso a fontes primárias, assim como profissionais capacitados. Nesse sentido, a população permanece ignorante sobre o tópico, ficando mais exposta à manipulação de dados históricos, já que não tem compreensão da verdade.
Portanto, é essencial que o ensino da história seja uniformemente difundido socialmente e que problemáticas como o negacionismo e a falta de recursos sejam combatidas, de forma que as massas tenham acesso à sua cultura, à sua história e à educação em geral, passando a compreender a humanidade.
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