Crise resolvida no STF
Notícia por Maria Clara Borelli em 24 de agosto de 2024
Publicado por Giovanna Bernardes
Começou a etapa de resolução da crise no Comitê de Execução da pena após
condenação em segunda instância. A primeira convidada a falar foi a Ministra acusada
Mariana Barreto. A mesma alegou que a conversa grampeada pela PF foi apenas uma brincadeira entre “dois calorosos amigos”. Foi nítido a desconfiança do comitê após essa
afirmação.
Após a Ministra Mariana ir à frente se defender, foi a vez do Luiz Pedro Barbosa
(representante da AGU), também acusado de corrupção e compra de votos. Já nos
primeiros minutos de sua fala, foi perceptível a inconsistência entre as duas partes, uma vez
que a ministra afirmou o anteriormente comentado e o Sr. Luiz Pedro disse que é impossível
afirmar que essa conversa existiu.
A PGR (Procuradoria Geral da República) e o IBCCRIM (Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais) fazem parte da acusação e se mostraram extremamente desapontados
e revoltados. O representante do IBCCRIM, Pedro Gabriel Amaral, apontou que essa
investigação pode ser apenas a “ponta do iceberg” e que deve-se dar continuidade às
investigações a fundo contra corrupção dentro da casa.
Do outro lado, a CFOAB ( Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) e a
AGU ( Advogados Gerais da União) fazem parte da defesa dos acusados. Ambos os órgãos
estão trabalhando juntos a fim de conseguir o arquivamento do processo de investigação. A
base da sustentação da defesa é a ilegalidade do grampeamento dos telefones dos
acusados. Isso se dá pois, de acordo com a lei federal, é estritamente proibido invadir o
dispositivo de uma pessoa sem um mandato judicial prévio.
Por fim, após a convocação da testemunha, deputada federal Beatriz e todas as
perguntas dirigidas à mesma, os ministros finalizaram sua interpretação do caso. Sendo
assim, conclui-se a sessão com os votos dos ministros para a resolução da crise. Com 6
votos a favor da absolvição e 3 a favor da condenação, a casa julgou inocente a Ministra
Mariana Barreto e o Sr. Luiz Pedro Barbosa e votou pelo arquivamento do processo.