Resenha por Sara Eduardo em 18 de setembro de 2024
Publicado por Manuela Ferreira
(Fonte:https://pin.it/6I9vmedoZ)
Jogos vorazes, originalmente uma trilogia literária escrita por Suzanne Collins, é uma distopia que se passa em Panem, uma nação fictícia localizada onde, no mundo real, é a América do Norte. Panem é dividida em 12 distritos e uma Capital, a qual cria os Jogos Vorazes como punição por uma guerra gerada pelos distritos, uma competição, caracterizada como uma carnificina, anual em que 2 crianças de cada distrito são convocadas para lutarem até a morte, podendo haver apenas um vencedor. A trilogia original possui como personagem principal Katniss Everdeen, competidora do distrito 12.
Ao desenrolar do primeiro livro, é perceptível a visão distorcida da realidade exercida pela Capital, existindo ali um sentimento de que apenas por nascerem nos distritos, os cidadãos se tornam inferiores, enquanto os que nasceram na capital seriam naturalmente superiores.
A autora descreve com humanidade as cenas mais intensas, conseguindo construir perfeitamente essa realidade alternativa, tornando a leitura uma experiência mais imersiva e por isso mais sensível. Além disso, os personagens são bem representados, nos despertando sentimentos reais por suas ações e histórias de vida.
A trilogia possui um aspecto extremamente realista, mesmo sendo ficcional, fazendo-nos refletir sobre nossa realidade. Mesmo não sendo tão extremo quanto o livro, a sociedade contemporânea faz parte de um constante jogo de sobrevivência, controlado por aqueles que possuem dinheiro e poder. Com isso, a reflexão produzida por Jogos Vorazes é extremamente pertinente com a realidade vivida hoje.
Os jogos são uma forma de controle através do medo e da violência, mas o livro atravessa essa visão distorcida e nos traz a visão dos distritos e da miséria vivida pelos desfavorecidos pela lei.
Considerado por muitos um dos melhores livros de distopia da contemporaneidade, Jogos Vorazes é extremamente atual e bem recomendado. A sua leitura abre a mente de forma intuitiva, principalmente por sua escrita fluida e criativa.