Por que escolher o futuro dos jovens com base no passado?
Notícia por Luíse Nogueira Campos
Publicado por Luana Crespo
De 2023 para cá, observou-se um aumento significativo nas discussões sobre novas oportunidades de trabalho referentes a empregos que estão surgindo devido ao crescimento da inteligência artificial e das novas tecnologias. Nessa nova geração, é notório que os trabalhadores bem-sucedidos são parte da parcela da população que domina o uso de ferramentas tecnológicas impostas por este mundo digitalizado. Essa realidade se encontra bastante presente no mercado de trabalho, mas, quando jovens escolhem uma faculdade para cursar o ensino superior, a realidade da escolha nem sempre se baseia no pensamento futuro, e sim na pressão social resultante da ideia de cursos considerados “estáveis”.
No âmbito universitário, ainda é muito comum que a escolha do curso seja influenciada por noções antiquadas que são apresentadas para esta geração. É comum ver a desvalorização de empregos que envolvam as redes sociais ou a internet, levando a população jovem a optar por faculdades que muitas vezes não são do seu interesse, mas que foram induzidos a escolher. É por esse motivo que cada vez mais é observado adultos que, no auge de suas carreiras, iniciam uma nova universidade por motivo de insatisfação com a vida profissional que escolheram nos seus anos de juventude. Isso se tornará cada vez mais comum devido ao surgimento de novas profissões no futuro.
O pensamento crítico é essencial para não se deixar influenciar pela ideia generalizada de que só será bem sucedido quem escolher os cursos mais rentáveis, que muitas vezes não são os desejados pelos adolescentes, e sim por suas famílias. No passado, o mercado de trabalho era mais limitado. No entanto, com os avanços tecnológicos, há hoje uma ampla gama de oportunidades que podem proporcionar um futuro promissor para as novas gerações, cada vez mais preparadas para um mundo digitalizado.
A revista “Gazeta do Povo” publicou uma matéria comparando o mercado de trabalho antigo ao novo, na qual é enfatizada a seguinte análise: “Estudos da ManpowerGroup, empresa de consultoria que atua na área de recursos humanos, mostram que 65% dos empregos que a “Geração Z” – pessoas nascidas entre 1998 e 2010 – terá nem existem ainda”. O trecho demonstra a necessidade de ampliar a visão sobre o novo mundo sendo criado e as mudanças que afetarão o futuro dos jovens e suas carreiras trabalhistas. É preciso enfatizar que o futuro pode ser diferente do que está sendo apresentado hoje à juventude, exigindo adaptações da geração Z e das futuras gerações para se inserirem no mercado de trabalho.
Desvincular-se das ideias antigas enraizadas nas mentes jovens por décadas não é uma tarefa fácil, mas compreender que é natural que profissionais mudem de carreira ao longo da vida pela necessidade de adaptação ao novo mundo é primordial para uma trajetória profissional satisfatória e duradoura. O ensino superior continuará se transformando para acompanhar as inovações tecnológicas da atualidade, e é de alta importância trazer à tona tópicos que enfatizem a variedade de empregos que estão em desenvolvimento e que trarão um futuro bastante estável e próspero às novas gerações.