Resenha Por Julia Monteiro Vazquez Fadul em 2/09/2020
Resenha sobre o filme “Infiltrado na Klan”
Produzido, com maestria, pelo diretor e produtor Spike Lee, o filme “Infiltrado na Klan” é uma das mais recentes obras da indústria cinematográfica a trazer questões raciais para o público. O cineasta, tendo vivido sua infância rodeado de injustiças, já é chamado por muitos de visionário, por estar constantemente trazendo temáticas sociais difíceis, mas realistas. Assim, ao se deparar com a autobiografia de um policial negro, que combateu o grupo supremacista Ku Klux Klan (KKK), no ápice da segregação racial americana, ele simplesmente não conseguiu resistir à oportunidade de criar mais uma obra-prima.
Era o ano de 1970. No estado do Colorado, nos Estados Unidos, é recrutado o primeiro policial negro da região, Ron Stallworth, mesmo com vários olhares hesitantes e contrariados. Interpretado por John David Washington, o policial resolve, então, investigar uma das organizações mais antigas e conservadoras dos EUA, a KKK, a fim de conquistar a confiança da equipe, esquecendo de apenas um problema: seu tom de pele. Assim, convence seu colega Flip, também policial, a participar das reuniões da KKK fisicamente, mas com o nome de Stallworth. Em meio a tudo isso, Ron se torna muito próximo de Patrice Dumas, uma ativista fervorosa em combate às desigualdades com as quais tem que conviver devido ao seu tom de pele.
O filme se situa entre ação e comédia, com cenas que te deixam desconfortável com a realidade do assunto abordado contrastando com piadas e memórias inesquecíveis da década de 70. O figurino e a trilha sonora não ficam para trás, recebendo atenção especial e tornando cada cena ainda mais cativante. Além disso, o filme não poderia ser mais atual, tendo em vista a luta diária de muitos contra o racismo até hoje e a mentalidade supremacista branca que persiste ainda no século XXI.
“Infiltrado na Klan” é um filme imperdível para todas as idades, levando os mais velhos de volta à infância, com uma outra perspectiva, e ensinando os mais jovens sobre a história da luta pela igualdade racial, contribuindo, assim, para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.
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