Fundada no começo da década de 1930 por Martin Goodman, a Marvel Comics é considerada hoje a maior editora de quadrinhos do mundo. Seus incríveis personagens fazem sucesso com um público de todas as idades, possuindo várias adaptações para séries de televisão e filmes graças ao advento da tecnologia, com o cinema e os aparelhos televisivos mais acessíveis, mas mantendo, ainda, os clássicos quadrinhos.
Um dos últimos filmes lançados pela empresa foi Capitã Marvel. Com direção de Anna Boden e Ryan Fleck, a história é envolvente, cheia de reviravoltas e com ótimos efeitos especiais. Ela acompanha a jornada de Carol Danvers (Brie Larson), uma poderosa membra do exército de elite dos Kree, uma raça alienígena, que está em guerra com o povo dos Skrull. Numa tentativa de impedir a invasão da Terra pelos seus inimigos, a protagonista acaba por ficar presa no planeta, e, com a ajuda de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e a gata Goose, acaba por descobrir verdades de seu passado que mudarão o rumo de sua vida.
Um dos destaques desse filme é por ele ser o primeiro do MCU a possuir uma protagonista solo feminina. Uma personagem destemida, que mostra não ser necessário provar nada a ninguém e que, mesmo sendo rebaixada várias vezes na vida, sempre se reergueu e lutou pelo que queria. Capitã Marvel não é só uma simples história para entretenimento, é muito mais: um exemplo de representatividade, mostrando para as mulheres que elas podem ser, sim, o que quiserem – pilotas, engenheiras e até mesmo heroínas. Carol Danvers mostra que não é necessário ter um superpoder como projeção de energia ou voar para ser forte, pois a verdadeira força está no interior de cada ser humano. Sua chegada é muito importante na sociedade atual que, infelizmente, tende a privilegiar e enaltecer homens, ainda mais em papéis de liderança e poder, pois sai desse estereótipo negativo de uma mulher fraca, sem opiniões e resistência, que atua de forma secundária, e coloca as mulheres em pé de igualdade a tantas outras figuras masculinas que já são comuns no cotidiano, servindo de exemplo para muitas meninas.
Portanto, Capitã Marvel é um filme maravilhoso de se assistir, mesmo que não se seja um super fã de super-heróis. Com vários ensinamentos e ótima direção, são duas horas de bom entretenimento, que passam sem nem se perceber, apresentando uma heroína valente que não se deixa abater pelas dificuldades ou pelo que os outros pensam. O tremendo sucesso de bilheteria é justificado pela excepcional narrativa do filme, que merece todo o reconhecimento.
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